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ABRAVA destaca a importância do uso ar condicionado e o reconhecimento da transmissão área do coronavírus - Confira alguns protocolos de uso

  • Quinta, 20 Agosto 2020 11:23
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Alessandra Lopes
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Preocupada com o crescente avanço do número de contaminados na pandemia da COVID19, a ABRAVA - Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento tem atuado em assunto relacionados uso do ar-condicionado e a contaminação do SARS-CoV-2, e neste sentido tem o mesmo entendimento da OMS ao reconhecer o risco de transmissão do novo coronavírus pelo ar.

Há muito tempo, o uso do ar-condicionado deixou de ser item de luxo, por suas características e necessidades humanas, uma pessoa respira cerca de 10 mil litros de ar diariamente, o seu uso proporciona conforto térmico, qualidade de vida, saúde, produtividade, é item imprescindível para hospitais, produção de medicamentos, alimentos, datacenters e outros.

Neste contexto, a recomendação de desligar os aparelho, sistemas de climatização e condicionadores de ar podem ocasionar diversos impactos sob aspectos humanos como o absenteísmo em ambientes comerciais e o aumento de riscos à saúde relacionados à falta de filtragem e de renovação do ar, provocando a inalação de contaminantes no ar respirado no ambiente.

Já no mês de abril, a ABRAVA considerava a possibilidade de transmissão aérea do coronavirus e publicou a Renabrava 09, recomendação da ABRAVA, que tem foco na qualidade do ar interno pelo aumento da renovação do ar dos ambientes com ar externo filtrado em sistemas de climatização e instalações existentes, como importante ação para redução e diluição dos aerossóis dispersos no ar e diminuição dos riscos de contaminação aérea do SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19. Este mesmo documento, foi referenciado pela Nota Técnica 03 da ANVISA sobre uso de sistemas de climatização durante pandemia da COVID 19.

O Eng° Oswaldo Bueno, consultor da ABRAVA e gestor do CB055, destaca a importância do controle dos níveis de partículas e a necessidade de filtrar o ar insuflado e de renovar com ar externo. Segundo ele:

O controle dos níveis de partículas no ar pode ser alcançado por um dos quatro métodos:

Redução de emissões na fonte, se possível
Captura de emissões na fonte usando exaustão local, se possível
Diluição usando ventilação mecânica (renovação de ar), quando a exaustão local não é possível
Remoção do particulado pela filtragem do ar insuflado e renovação com ar externo filtrado com baixa quantidade do contaminante.

A necessidade de filtrar o ar insuflado e de renovar com ar externo fica claro na equação do risco de contrair uma infecção:

Infecção = (Dose x Local x Virulência x Tempo)

(Nível de defesa do hospedeiro)

Dose – quantidade do agente infeccioso presente (filtragem e renovação de ar)
Local – região do corpo a ser contaminada
Virulência – agressividade em termos de contrair e da gravidade da doença
Tempo de exposição do hospedeiro
Nível de defesa do hospedeiro – capacidade do corpo de combater a doença

Espaços internos não condicionados podem provocar o desconforto térmico, o aumento da quantidade de particulado em suspensão (inclusive do vírus SARS-CoV-2), diminuindo a resistência física em resistir a doença, aumentando a concentração e desta forma o risco de contrair a CoViD-19, espaços internos não condicionados ou sem renovação de ar não podem ser usados por pessoas. Em geral, desligar os sistemas de filtragem, condicionamento e renovação de ar não é uma medida recomendada para redução da transmissão do vírus.

A ABRAVA também publicou um protocolo de ações para a retomadas das atividades econômicas e cuidados com o uso do ar-condicionado, onde destaca que medidas preventivas que contribuem para a ocupação segura de um ambiente climatizado, garantido a qualidade do ar adequada em favor da saúde das pessoas.

Protocolos para uso dos equipamentos e sistemas de Ar Condicionado pós-quarentena

USO NÃO RESIDENCIAL

– Ajustar a renovação do ar externo em maior vazão possível, com atenção para áreas altamente poluídas. Quanto maior a ventilação do ambiente interno, menor o risco de transmissão de patógenos. Importante manter filtros de ar para retenção de material particulado.

– Caso não exista dispositivo de renovação de ar interna instalado, é necessário providenciar sua adequação. Se não for possível instalar dispositivo ou sistema para a renovação de ar, manter o(s) equipamento(s) de ar condicionado em modo ventilação, e abrir portas e janelas para garantir uma ventilação natural.

– Ambientes que não dispõem de portas e janelas para permitir ventilação natural, não devem ser ocupados por usuários.

– Manter atualizado o Plano de Manutenção, Operação e Controle – PMOC do Ar Condicionado. Garantir que todo o sistema de climatização esteja limpo e higienizado, principalmente as bandejas, sifões, serpentinas, ventiladores e dutos de distribuição de ar. Atenção às bandejas e serpentinas. Elimine água acumulada nesses locais para evitar o crescimento de microrganismos.

– Limpar e verificar periodicamente o estado dos filtros de ar, e trocá-lo antes do término de sua vida útil, conforme determinado pelo fabricante.

– Fazer limpeza dos equipamentos utilizando produtos químicos conforme a orientação da Nota Técnica 34/2020 da ANVISA e RENABRAVA 08 – Uso de Produtos Químicos em Sistemas de AVAC-R https://abrava.com.br/normalizacoes/renabravas/

– Manter atualizada as análises da qualidade do ar interno, no mínimo semestralmente, e fazer as correções dos desvios identificados nos laudos, conforme Resolução 09 da ANVISA. Recomendamos monitorar constantemente a qualidade do ar.

– Manter os sistemas em operação por mais tempo, se possível 24 horas por dia, 7 dias por semana, para melhorar a qualidade do ar interno.

– O uso de novas tecnologias deve ser considerado, desde que sua eficácia e a segurança aos usuários sejam comprovadas. Como exemplo, o uso de UVGI (irradiação germicida ultravioleta), na serpentina e na bandeja de água condensada do equipamento de ar-condicionado pode ser utilizado para evitar a criação de biofilme (mofo).

– Manter as salas de máquinas dos equipamentos limpos com restrição de acesso. A sala de máquina deve conter apenas os equipamentos de ar condicionado.

– Qualquer alteração ou modificação nos equipamentos e sistemas de climatização acima, deve ser realizada somente por profissional especializado e legalmente habilitado.

USO RESIDENCIAL

– Manter os equipamentos limpos e higienizados, principalmente as bandejas, sifões, serpentinas e ventiladores, conforme determinado pelo fabricante.

– Limpar e verificar periodicamente o estado dos filtros de ar, e trocá-lo antes do término de sua vida útil, conforme determinado pelo fabricante.

– Caso não exista dispositivo de renovação de ar interna instalado, recomendamos providenciar sua adequação e instalação. Se não for possível instalar dispositivo ou sistema para a renovação de ar, recomendamos manter o(s) equipamento(s) de ar condicionado em modo ventilação, e abrir portas e janelas para garantir uma ventilação natural.

Canal COVID19

Preocupada com o cenário da pandemia do coronavírus, aumento exponencial dos casos de infecção no Brasil e no mundo a ABRAVA colocou no ar o canal de Coronavírus – COVID-19. O objetivo do Canal é disseminar informações e esclarecer dúvidas a respeito do vírus e a sua relação com o uso do ar condicionado, garantia da qualidade do ar respirado em favor da saúde das pessoas. Contato via

Sobre a ABRAVA

A ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento é uma associação sem fins lucrativos que representa quatro setores correlatos, e compreende toda a cadeia produtiva desde a indústria, o comércio e serviço.

Baseada no desenvolvimento tecnológico e nas Boas Práticas da Engenharia, entre os temas pautados estão: Eficiência Energética, Meio Ambiente, Sustentabilidade, Qualidade do Ar, Normalização, Capacitação, entre outros. Mais informações referentes à ABRAVA no www.abrava.com.br


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