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Bebê amamentado no peito tem menos riscos de infecção no ouvido

  • Terça, 18 Agosto 2020 10:58
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Cristina Freitas
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Pesquisas demonstram que crianças alimentadas com leite artificial têm maior incidência de otites, o que pode causar perdas auditivas e afetar o desenvolvimento da fala e do aprendizado

O leite materno é alimento indispensável para a criança, principalmente no primeiro ano de vida. Neste mês em que a Sociedade de Pediatria de São Paulo lança a campanha Agosto Dourado, de incentivo à amamentação, é importante ressaltar que doenças crônicas e alergias podem ser evitadas ou terem os riscos reduzidos graças à amamentação. O leite materno contém anticorpos e proteínas que reduzem os riscos de infecções e inflamações, como a otite, por exemplo, que causa muita dor ao bebê e noites sem dormir.

Duas pesquisas realizadas no Paraná investigaram a ocorrência de otite em crianças amamentadas e não amamentadas no peito; a alimentação com leites artificiais; e a relação entre otite e a postura do bebê na hora de mamar. Embora seja um tema controverso, muitos pediatras recomendam às mães não dar o peito ou a mamadeira com o bebê deitado porque isso pode facilitar com que tanto o leite ingerido quanto uma possível regurgitação da criança parem na trompa auditiva, podendo servir de transporte para vírus e bactérias até o ouvido, causando otites.

Um dos estudos, conduzido pelas pesquisadoras Francis Oliveira; Raquel Colombo e Cristiane Gomes, do Centro Universitário de Maringá, com 59 mães de bebês com até dois anos de idade, mostrou que a incidência de otite é maior em crianças entre 13 e 24 meses, por causa de fatores como a introdução de leite artificial oferecido em mamadeira e em posição deitada. As fonoaudiólogas alertam para as desvantagens do uso de mamadeiras e leites artificiais, como também para o perigo do desmame precoce.

Outra pesquisa, feita pelas fonoaudiólogas Juliana Melo e Luciana Marchiori, na Universidade do Norte do Paraná, também comprovou a proteção que a amamentação no peito oferece contra as infecções no ouvido. O artigo, intitulado "Resultados Timpanométricos: Lactentes de Seis Meses de Idade", traz os dados da pesquisa. Dos 45 bebês avaliados, 30 foram submetidos à amamentação exclusiva com leite materno, enquanto 16 não. Todos passaram por exames para detecção de alterações sugestivas de otites no ouvido. Entre os que mamaram apenas no peito, a timpanometria foi normal em 90% dos casos. Entre os bebês que não tiveram amamentação exclusiva, apenas 50% deles tiveram timpanometria normal.

A proteção oferecida pelo aleitamento materno é ainda mais importante porque é sabido que na primeira infância muitas crianças apresentam perda auditiva devido à infecções no ouvido. O problema é mais grave nos casos das otites de repetição, variados períodos em que as crianças não escutam bem - ora escutam, ora não. Nestes casos, a perda auditiva, mesmo que seja leve e temporária, prejudica a decodificação dos sons, podendo causar prejuízos no desenvolvimento da fala, da linguagem e na aprendizagem.

"O processo de maturação do sistema auditivo central ocorre durante os primeiros anos de vida. Por isso, a estimulação sonora neste período de maior plasticidade cerebral é imprescindível, já que para o aprendizado da linguagem oral e, consequentemente, o desenvolvimento intelectual, emocional e de habilidades, é preciso que as crianças consigam interagir com seus pais e familiares e, assim, possam estabelecer novas conexões neurais", pontua a Fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

De acordo com resultados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), do Ministério da Saúde, os índices de aleitamento materno estão aumentando no Brasil. Mesmo assim, ainda estão longe do ideal. Das 14.505 crianças menores de cinco anos, avaliadas entre fevereiro de 2019 e março de 2020, pouco mais da metade (53%) continua sendo amamentada no primeiro ano de vida. E o que é pior: entre os bebês menores de seis meses, o índice de amamentação exclusiva é de apenas 45,7%.


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