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Da infância à velhice: preste atenção nos seus hábitos para não prejudicar a audição

  • Quinta, 13 Agosto 2020 11:51
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Cristina Freitas
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Além dos transtornos na comunicação, a surdez não tratada pode acarretar isolamento, depressão e doenças cognitivas

Envelhecer bem é importante e os cuidados com a saúde envolvem também a audição, desde a juventude. Se engana quem pensa que a surdez é coisa apenas de gente idosa. Hoje, cada vez mais, hábitos ruins arraigados na sociedade moderna - como ouvir música alta com fones de ouvido – aumentam as chances de problemas auditivos surgirem mais cedo.

A partir dos 40 anos, muitas pessoas já sentem alguma dificuldade para ouvir; e a partir dos 60, a perda auditiva tende a ser mais severa. Isso devido ao envelhecimento e ao maior risco de degeneração das células ciliadas responsáveis pela audição. Apesar disso, nem todas as pessoas dão à saúde auditiva a mesma atenção que dedicam à melhoria da visão e de outros distúrbios.

Além dos transtornos na comunicação, a deficiência auditiva não tratada pode acarretar doenças cognitivas, como demência, além de depressão. Pesquisas indicam que, em um número significativo de pessoas, a perda auditiva não tratada corretamente pode ser a causa de um problema de saúde associado. Em um desses estudos, que investigou 154.414 adultos acima de 50 anos, os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA) descobriram que o não tratamento da perda de audição elevou em 50% o risco do desenvolvimento de demência e em 40% o risco de depressão, em apenas cinco anos, em comparação com aqueles que têm audição normal.

"A conexão que nossas orelhas têm com o nosso cérebro e o resto do corpo é motivo suficiente para fazer dos exames anuais de audição uma prioridade. Se um indivíduo em qualquer idade não ouve bem, aparelhos auditivos podem fornecer grande parte da estimulação sonora que o cérebro precisa", explica a Fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

Um dos sintomas iniciais e que merece atenção é quando há dificuldade, por exemplo, de falar ao telefone ou temos a sensação de que não compreendemos bem o que as pessoas dizem em uma conversa, principalmente em situações com ruído ambiente. Começam então a surgir vergonha e insegurança.

Segundo a fonoaudióloga, quando alguém perde a audição, deixa também de receber os estímulos auditivos que o mantém conectado ao mundo; não só a voz, mas todos os sons do ambiente, como o barulho de passos das outras pessoas, o barulho do vento, do programa da TV, da sirene da garagem de carros. Qualquer pessoa, independentemente da idade, ao perder a audição, perde também essa habilidade. E o cérebro funcionando com essa privação pode resultar em alguma alteração cognitiva, como a demência.

"Estudos comprovam que a perda auditiva acelera esse processo. Portanto, a deficiência deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes para evitar o surgimento de um transtorno cognitivo no cérebro", ressalta a fonoaudióloga da Telex, que orienta que as pessoas façam audiometria a partir dos 45 anos, principalmente se têm histórico familiar (a perda auditiva pode ter fator genético também).

Um dos sintomas iniciais e que merece atenção é quando o indivíduo sente dificuldade, por exemplo, de falar ao telefone ou tem a sensação de que não compreende bem as palavras que lhe são ditas, principalmente em situações com ruído ambiente. Ele começa a se sentir inseguro para manter conversas simples.

Tratamento com aparelho auditivo: em geral, a melhor alternativa

A tecnologia dos aparelhos auditivos está em constante desenvolvimento, proporcionando, em muitos casos, a melhor solução para devolver aos indivíduos os sons da vida. O tratamento é individual. Vai depender de pessoa para pessoa e do grau e tipo de perda auditiva de cada um. Para isso, existem diferentes modelos de aparelhos e cabe ao fonoaudiólogo avaliar o que melhor se adapta. É bom frisar que, ao usar aparelho auditivo, os primeiros sons que se escuta são diferentes daqueles a que normalmente se está acostumado a ouvir. Por isso, é importante fazer o acompanhamento com o profissional durante o processo de adaptação.

"As próteses atuais são bem pequenas e discretas; então não há porque ter vergonha de usá-las. A família é fundamental no processo de aceitação da perda auditiva e de uso da prótese. Quem precisa e não usa aparelhos passa a se isolar; primeiramente da vida social e, depois, dos próprios familiares. Alguns dos sintomas mais comuns na surdez são irritabilidade e agressividade", destaca Vidal, que é especialista em audiologia.

Problemas que podem ser causados pela perda de audição:

* Diminuição de produtividade em tarefas cotidianas e no trabalho – Nossas orelhas são importantes para compreendermos tarefas que devemos desempenhar. Como cumprir as demandas se não entendemos direito o que deve ser feito?

* Cognição – Quando a perda auditiva ocorre, o cérebro é forçado a se reorganizar para tentar compensar a ausência ou o menor volume de som que entra pelas orelhas. Esse reagrupamento pode afetar o funcionamento cognitivo de alto nível.

* Baixa autoestima, estresse e irritabilidade – Perceber que já não estamos ouvindo e que não conseguimos nos comunicar bem pode trazer muita irritação, afetando o lado emocional.

* Socialização – O isolamento e a não socialização são outro fator decorrente de perda auditiva que pode afetar tanto o funcionamento cognitivo do cérebro quanto a saúde mental. Como a comunicação é mais difícil quando não se ouve bem, muitos indivíduos simplesmente evitam os eventos sociais. Essa falta de interação com amigos e parentes pode dificultar ainda mais a função cognitiva do cérebro.

* Depressão – Com o tempo, a perda auditiva não tratada pode afetar profundamente a saúde mental do indivíduo. Quando os efeitos do déficit auditivo vêm juntos com frustração e perda de autoconfiança por não conseguir ouvir bem, não é de surpreender que essas pessoas sejam mais propensas a sofrer de depressão.

* Demência – Estudos mostraram que adultos com perda auditiva não tratada têm maior risco de desenvolver demência do que adultos com audição normal (inclusive em idades não tão avançadas). Uma possível razão é que o cérebro perde algumas das informações que coleta por meio da audição. A falta de estímulos em algumas áreas do cérebro pode levar à demência ao longo do tempo.


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