SEGS Portal Nacional

Saúde

Mortes por coronavírus crescem a taxas mais elevadas na Região Metropolitana de Campinas

  • Terça, 16 Junho 2020 10:59
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Vinícius Purgato
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
  • Imprimir

Taxa de letalidade se aproximou de 4% entre os dias 7 e 13 de junho; na semana anterior, percentual era de 3,3%

Dos 1.759 casos confirmados de coronavírus na Região Metropolitana de Campinas (RMC), entre os dias 7 e 13 junho, 70 resultaram em mortes. Com os números, divulgados em nota técnica do Observatório PUC-Campinas, a taxa de letalidade atinge 3,98%, superando o percentual de 3,3% registrado na semana epidemiológica anterior. Na ocasião, foram contabilizados 48 novos óbitos entre as 1.447 pessoas infectadas pela doença. (VEJA ANÁLISE COMPLETA)

O município de Campinas, com 1.078 novos casos e 47 mortes, desponta como o principal alvo da pandemia na região em números absolutos. Proporcionalmente, considerando o tamanho da população local, a cidade de Indaiatuba é a mais impactada até o momento, com taxa de óbitos de 12,5 para cada 100 mil habitantes. Anteriormente incluída na lista dos piores municípios com esse indicador (relação de casos e mortes), Hortolândia apresentou queda no período analisado, enquanto Nova Odessa exibiu comportamento crescente.

Encerrada a semana epidemiológica no último sábado (13), a região totalizava 6.320 casos e 256 óbitos causados pela covid-19, aumento de 21,5% e 45,8%, respectivamente, comparando-se ao período anterior. Mais uma vez, os números indicam tendência crescente da curva de contágio. Com os resultados, o Departamento Regional de Saúde de Campinas, que integra 42 municípios, foi é o segundo do Estado em novas ocorrências fatais da doença, atrás apenas da Grande São Paulo.

Contudo, segundo a nota técnica, ainda não é possível apontar uma relação entre o relaxamento das medidas de isolamento social e o aumento dos casos. Para o infectologista da PUC-Campinas André Giglio Bueno, professor da Faculdade de Medicina, os efeitos dos decretos municipais que flexibilizam as restrições de deslocamento, incluindo a reabertura do comércio, devem ser vistos nos próximos relatórios.

“Em Campinas, que permitiu o retorno de algumas atividades no dia 08 de junho, o crescimento da transmissão deverá ser percebido no prazo de uma ou duas semanas, considerando o tempo entre o início dos primeiros sintomas e sua evolução para quadros mais graves”, destaca Bueno, que também atua na área de infectologia no Hospital PUC-Campinas.

Dada a aceleração no ritmo de crescimento das mortes na região, o economista Paulo Oliveira, coordenador da análise, afirma ser necessária a articulação entre as prefeituras que compõem os polos econômicos regionais, de maneira a controlar a pandemia e garantir um retorno seguro e efetivo das atividades econômicas, atualmente marcadas por quedas de demanda e produção, além de redução dos postos de trabalho.

“Mesmo com a liberação das atividades, o índice de isolamento não cai consideravelmente. Isso indica que muita gente pode estar consumindo em estabelecimentos mais próximos de sua residência, que os consumidores ainda estão receosos quanto aos riscos da contaminação, evitando ir até certos pontos comerciais e até mesmo que os efeitos adversos sobre a renda e a elevada incerteza estão freando a retomada do consumo. De todo modo, esses primeiros sinais indicam que a retomada será possivelmente lenta, com desafios consideráveis para o comércio no contexto do novo normal”, reforça Paulo.

Observatório PUC-Campinas

O Observatório PUC-Campinas, lançado no dia 12 de junho de 2018, nasceu com o propósito de atender às três atividades-fim da Universidade: a pesquisa, por meio da coleta e sistematização de dados socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas; o ensino, impactado pelos resultados obtidos, que são transformados em conteúdo disciplinar; e a extensão, que divide o conhecimento com a comunidade.

A plataforma, de modo simplificado, se destina à divulgação de estudos temáticos regionais e promove a discussão sobre o desenvolvimento econômico e social da RMC. As informações, que englobam indicadores sobre renda, trabalho, emprego, setores econômicos, educação, sustentabilidade e saúde, são de interesse da comunidade acadêmica, de gestores públicos e de todos os cidadãos.


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 

<::::::::::::::::::::>

 

 

+SAUDE ::

Dez 16, 2025 Saúde

Magnésio e fígado gorduroso: novos estudos mostram como…

Dez 16, 2025 Saúde

Verão mais quente e chuvas intensas aceleram a…

Dez 16, 2025 Saúde

Serotonina em alta: suplementos para equilíbrio…

Dez 15, 2025 Saúde

Escarlatina e o impacto na saúde bucal

Dez 15, 2025 Saúde

Vitiligo: uma condição de pele com impactos que vão…

Dez 15, 2025 Saúde

Você já ouviu falar em cinesiofobia? Medo de sentir dor…

Dez 12, 2025 Saúde

Pesquisa revela relação entre problema de saúde oral e…

Dez 12, 2025 Saúde

Verão e o câncer de pele: especialista alerta que maior…

Dez 12, 2025 Saúde

A força silenciosa da vitamina D na prevenção e na…

Dez 11, 2025 Saúde

Cinco cuidados essenciais para quem já teve câncer de…

Dez 11, 2025 Saúde

Mais que uma consulta: como uma equipe de saúde…

Dez 11, 2025 Saúde

Verão mais quente e chuvas intensas aceleram a…

Dez 10, 2025 Saúde

Descubra os riscos do uso recorrente de antibióticos na…

Dez 10, 2025 Saúde

Seu peso não diminui mais? Veja os 4 erros mais comuns…

Dez 10, 2025 Saúde

Verão eleva o risco de doenças infantis e exige atenção…

Dez 10, 2025 Saúde

Parceria entre CNP Seguradora e OUZE leva plano…

Mais SAUDE>>

Copyright ©2025 SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação


main version