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Estresse causado pela pandemia de Coronavírus e pelo isolamento social pode afetar ciclo menstrual

  • Quarta, 20 Mai 2020 18:56
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Maria Clauia Amoroso
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Hormônios liberados durante períodos de estresse podem tornar menstruação irregular. Ginecologista dá dicas para evitar o problema.

Estamos passando por um período de isolamento social devido à pandemia do Coronavírus que causou grandes mudanças em nossas vidas e rotinas diárias. Esse fato, combinado à ansiedade gerada pelo aumento de casos da doença que ainda não parece ter solução, pode causar grande quantidade de estresse. O problema é que o estresse pode gerar uma série de alterações prejudiciais ao organismo, afetando, inclusive, o ciclo menstrual das mulheres. “Durante períodos de estresse liberamos hormônios que podem interagir com o ciclo hormonal regular da mulher e assim desorientar o organismo. Como resultado o ciclo menstrual pode ser interrompido e a menstruação pode ocorrer mais cedo, mais tarde ou até mesmo não acontecer”, explica a Dra. Ana Carolina Lúcio Pereira, ginecologista membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

De acordo com a especialista, esse fenômeno é uma forma do corpo se proteger. “Quando estamos em um estado de estresse, nosso sistema dá prioridade a nossa segurança, deixando outras funções, como a ovulação, em segundo plano. Logo, nossos níveis de estresse e atividade cerebral vão definir o melhor momento para a evolução ocorrer”, afirma a médica. “É importante lembrar que o ciclo menstrual é uma cadeia delicada de eventos que necessita que hormônios específicos sejam liberados em momentos certos para ocorrer adequadamente. Então, o estresse pode atrapalhar esse processo”, ressalta a Dra. Ana Carolina. Além disso, as mudanças drásticas na rotina de muitos de nós causadas por esse período atípico de isolamento social também podem interferir no ciclo menstrual. “O ciclo menstrual é influenciado por fatores como dieta, sono e prática de exercícios. Com esses hábitos sofrendo alterações durante a quarentena, a menstruação pode atrasar, adiar ou até ter mudanças de fluxo, sendo mais intenso”, destaca a ginecologista.

Por isso, durante esse período de isolamento social, é importante que você adote medidas para diminuir o estresse. É interessante, por exemplo, que você dedique parte do seu dia para fazer aquilo o que gosta. “Isso ajuda a controlar o estresse e a ansiedade de passar tantas horas dentro de casa em isolamento social. Procure práticas de autoconhecimento, como a meditação, ou então invista em hábitos que antes você não tinha tempo, como ler e aprender a cozinhar”, sugere a Dra. Ana Carolina. “Além disso, tente manter sua rotina regrada, adotando uma alimentação balanceada rica em nutrientes variados, praticando exercícios físicos de forma regular e dormindo pelo menos oito horas por dia.”

Porém, caso você note mudanças persistentes em seu ciclo menstrual, o mais importante é que você consulte seu ginecologista, mesmo que por atendimento online, pois são diversas as causas para as mudanças na periodicidade e intensidade da menstruação. “Certos tipos de pílulas anticoncepcionais, por exemplo, podem causar irregularidade na menstruação. E, com as mudanças na rotina, muitas mulheres podem se esquecer de ingerir esses medicamentos de forma adequada, o que pode atrapalhar o ciclo menstrual”, diz a especialista. “Outros fatores que podem causar um ciclo menstrual irregular incluem o uso de DIU’s, gravidez e a presença de condições como síndrome da tireoide, endometriose e síndrome dos ovários policísticos. Logo, caso você note sangramento excessivo ou falta dele por longos períodos de tempo, o mais importante é que você diga ao seu médico, que poderá realizar uma avaliação e diagnosticar o que está acontecendo para indicar o melhor tratamento para o seu caso”, finaliza a Dra. Ana Carolina Lúcio Pereira.

FONTE: DRA. ANA CAROLINA LÚCIO PEREIRA: Ginecologista, membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), especialista em Ginecologia Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira e graduada em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro em 2005. Especialista em Medicina do Tráfego pela Abramet, a médica realiza consultas ginecológicas, obstétricas e cirurgias, atuando na prevenção e tratamento de doenças gineco-obstétricas com foco em gestação de alto risco.


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