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Os efeitos psicológicos da pós-pandemia

  • Quinta, 14 Mai 2020 11:46
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Danielle Keslarek
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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*Por Dr. Bayard Galvão

Quando a quarentena finalizará, ninguém sabe, mas é certo que haverá consequências das mais diferentes. Hoje, abordarei aquelas que são da minha área, as psicológicas, mas já adianto que poucas serão boas (como aprender ou ter aprendido o que foi ou for necessário para viver melhor) e muitas serão dolorosas.

Algumas pessoas, infelizmente, precisarão lidar com a perda de algum ente querido para o vírus ou até para todo este contexto bizarro, seja por infarto ou até suicídio. É sempre uma trilha complexa e dolorosa superar o luto, e para estas pessoas, um conselho: foque-se na vida de quem se foi, perguntando-se sobre como ela viveu, as coisas boas que você aprendeu com ela, os valores que você recebeu dela, as experiências, as risadas, as confissões e até alguns conflitos, que sempre fazem parte.

Milhões de pessoas no Brasil já terão entrado ou entrarão em breve numa crise econômica, talvez já sentida em outras épocas das suas vidas. Quanto mais rápida a aceitação e improvisação diante desta época, menor será a perda, seja trocando o carro por um mais barato, ou deixando de ter carro para usar transporte público; baixando o nível do convênio de saúde; trocando filhos de escola; pedindo para o dono do imóvel que habita baixar aluguel ou se mudar; comprar alimentos mais baratos; gastar menos nos restaurantes dos finais de semana; tentar gastar menos “luz”; comer mais em casa; assistir mais “Netflix” e menos cinema; comprar roupas no “Bom Retiro” (bairro de fabricação e venda de roupas em São Paulo para muitas lojas que as revenderão nos Shoppings) e variações. Uma outra ideia é fazer uma lista de todos os seus gastos mensais e, para cada um deles, dar uma nota de 0-10 em termos de prioridade, cortando aqueles com nível de importância até “4” ou “5”.

A quarentena tem dado efeitos diferentes para cada família, algumas se aproximaram e muitas se afastaram; destas, alguns indivíduos farão algumas mudanças, ficando juntos ou se separando; outros terão zero de mudança ou mudarão apenas por algumas semanas, voltando aos padrões pré-pandemia após algumas semanas ou meses.

A tendência do período pós-pandemia é uma disparada de depressão (provocada pelo acúmulo de pesos atuais: mídia vendendo a “morte iminente”, seja da própria vida ou de alguém que ama, temperada com uma crise política); aumento de ansiedade por fobia da morte, fobia de perda de emprego, fobia de queda econômica, sobrecarga de trabalho por ter que fazer mais do que fazia, Síndrome do Pânico (cuja causa principal é a fobia da morte); Transtorno Obsessivo Compulsivo (quadro de ansiedade, sendo que neste caso, seria gerado pela fobia de morte e ainda passar adiante o vírus); e o que talvez se torne o mais comum: A “Síndrome de Esgotamento de Energia” (Burnout), caracterizada por cansaço, aumento de irritabilidade, impaciência, dificuldade de se concentrar e outros sintomas, podendo, inclusive, gerar depressão, sendo a síndrome provocada por uma ou mais das dores acima descritas.

Conclusão

A necessidade de nos adaptarmos aos diferentes contextos que a vida vai apresentando foi e sempre será uma variável tão fundamental como o ar que respiramos; tanto em termos de saúde orgânica e mental, como de saúde econômica.

Maior a capacidade de adaptação e improvisação do indivíduo, menor um sofrimento desnecessário. E se você tiver dificuldades em superar o momento Pós-Pandemia por si mesmo, procure ajuda, seja nos familiares, amigos ou profissionais das respectivas áreas.

A sabedoria para viver bem é tão mais necessária quanto mais difícil for a vida do indivíduo; por isso, precisamos nos tornar mais sábios para lidar melhor com as dores.

*Dr. Bayard Galvão é Psicólogo Clínico formado pela PUC-SP, Hipnoterapeuta e Palestrante. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra palestras, treinamentos e atendimentos individuais utilizando esses conceitos. 


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