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Páscoa: chocolate dá mesmo espinha? O que pode fazer mal ou bem para a pele em meio a tantas opções

  • Sexta, 03 Abril 2020 18:20
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Maria Claudia Amoroso
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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É possível aproveitar a páscoa sem deixar de comer ovos de chocolate? Dermatologista explica quais tipos fazem mal para a pele e quais são aqueles que até podem deixar o tecido cutâneo mais bonito

A proximidade da Páscoa aumenta a procura por ovos de chocolate, mas muita gente ainda tem dúvida quanto aos malefícios que o alimento pode trazer à pele. “Há um mito de que o chocolate é realmente o causador da acne. Eficaz contra o mau humor, além de trazer sensação de bem-estar, o chocolate deve ser consumido com parcimônia; as versões brancas e ao leite devem ser evitadas, por conta da quantidade de açúcar e gordura presente nesses produtos, que podem favorecer a inflamação e envelhecer a pele”, afirma a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Que fique bem claro: o cacau não causa espinhas. De acordo com a médica, para responder adequadamente a essa pergunta, é necessário observar a lista de ingredientes do ovo de páscoa ou barra de chocolate. “Isso por que o cacau em si é um alimento extremamente benéfico e que não está relacionado ao surgimento ou piora da acne, pelo contrário: esse ingrediente é um aliado da saúde e da pele”, diz a médica. “Como um poderoso antioxidante que ajuda a promover luminosidade e hidratação, o cacau contém flavonoides, fitonutrientes com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que auxiliam na proteção aos danos dos raios UV, prevenindo as rugas e combatendo os radicais livres. Isso ajuda a deixar a pele mais brilhante e saudável”, afirma a dermatologista.

Onde mora o problema. No entanto, o cacau é de gosto amargo, por esse motivo para deixá-lo mais palatável, a indústria adiciona açúcar e gorduras no chocolate. “E alimentos ricos em gorduras, açúcares e hidratos de carbono, como os chocolates ao leite e branco, têm alto índice glicêmico. Muitos estudos sugerem que a alta carga glicêmica na dieta habitual está envolvida com a ocorrência e gravidade da acne vulgar em pacientes predispostos, na medida em que favorece o aumento da secreção sebácea e desenvolvimento de acne. A gordura e o leite presente em chocolates podem colaborar também para o agravamento do quadro”, explica a dermatologista. Estudos realizados pela Universidade de Miller School of Medicine, em Miami (EUA), mostraram que as pessoas que comeram mais chocolate (branco e ao leite) tiveram aumento de acne e da inflamação na pele.

Ovos de páscoa recomendados são os amargos ou meio-amargos. Chocolates com mais de 50% de cacau e o padrão ouro (com mais de 70%) fornecem os benefícios antioxidantes dos flavonoides do cacau e podem ser ricos em vitamina C, vitamina E, cálcio, fósforo, ferro, potássio e sódio. “Essa é a realmente a melhor opção, já que traz menos quantidade de carboidratos e açúcar, além de contar com ação antioxidante e anti-inflamatória. As versões deste chocolate com oleaginosas trazem mais benefícios e nutrientes, principalmente para pacientes com pele seca”, diz. Mas atenção à dose: 30g ao dia é o recomendado – portanto um ovo de 200g de chocolate pode ser consumido, em média, em uma semana.

Fuja dos chocolates ao leite e branco. “O ideal é evitá-los, pois possuem mais gordura e açúcar, ambos envolvidos com o processo de inflamação e aceleração do envelhecimento da pele”, explica. Pacientes de pele oleosa devem evitar também esse tipo de chocolate principalmente se ele ainda tiver amendoim e castanhas, que trazem mais gorduras saturadas (e muitas vezes mais açúcar) para a pele e as glândulas serão as responsáveis por excretar este acúmulo de gordura. “Além disso, sabemos que alimentos com alto índice glicêmico são mais inflamatórios levando ao estresse oxidativo e glicação”, finaliza a médica.

DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais.


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