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Assistir TV demais pode ser um fator de risco para trombose. Descubra outros dois agravantes

  • Sexta, 13 Março 2020 18:12
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Guilherme Zanette
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Além de agravantes individuais como tabagismo, obesidade e sedentarismo, estudos apontam que fatores como assistir televisão, ser alto e passar por uma cesariana podem aumentar os riscos do desenvolvimento de trombose.

Você com certeza já ouviu falar em trombose. A doença que assombra pessoas que trabalham sentadas e viajantes de longas distâncias ocorre quando um coágulo sanguíneo se desenvolve no interior das veias das pernas devido à circulação inadequada, impedindo assim a passagem do sangue. “A trombose geralmente se manifesta como um quadro de dor na perna, principalmente na panturrilha, associado a inchaço persistente, calor, sensibilidade e vermelhidão o que vai levar quase sempre à procura de ajuda médica. Em casos mais raros, o coágulo pode ainda se desprender da parede da veia e correr pela circulação até chegar ao pulmão, causando uma embolia pulmonar que pode resultar até mesmo em morte súbita”, explica a cirurgiã vascular e angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Mas, apesar de já ser consideravelmente conhecida, a doença continua sendo constantemente estudada. Com isso, novos tratamentos e formas de prevenção surgem, assim como novos possíveis fatores de risco para o desenvolvimento da doença. “Os agravantes mais tradicionais são o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo, pois eles estão envolvidos em uma dificuldade da circulação sanguínea”. Confira três fatores de risco inusitados descobertos recentemente e ainda pouco conhecidos pela maioria das pessoas:

Assistir televisão em excesso: Um estudo de 2018 publicado no Journal of Thrombosis and Thrombolysis mostrou que o hábito de assistir muita televisão está associado ao surgimento de coágulos sanguíneos, pois permanecer longos períodos sentado pode diminuir o fluxo de sangue para as pernas e pés. “Mesmo quem pratica atividades físicas regularmente possui mais chances de desenvolver trombose caso passe muito tempo sentado em frente à televisão, de acordo com o estudo”, destaca a angiologista.

Altura: Realizada em 2017 e publicada na mesma revista médica, pesquisa feita com adultos europeus apontou que o risco da formação de coágulos sanguíneos é de 30 a 40% maior para cada 10 centímetros de altura adicional. “Embora essa ligação entre altura e o desenvolvimento de coágulos sanguíneos ainda seja nova e necessite de novos estudos, não deixa de ser um dado interessante e que deve ser levado em consideração em futuras pesquisas para ajudar na prevenção de quadros de trombose”, afirma a médica.

Gestação e parto cesárea: “O risco de mulheres desenvolverem trombose aumenta substancialmente durante a gravidez e novamente durante a recuperação pós-parto. Isso porque, além da questão hormonal, o fluxo sanguíneo tender a ser mais lento devido à inatividade ou à pressão nos vasos sanguíneos causada pelo útero em expansão, o que torna o sangue mais propenso a coagular”, alerta a Dra. Aline. Segundo dados de uma revisão da University of Texas Health Medical School at Houston publicada em 2019, o risco de acidente tromboembólico durante as 6 semanas pós-parto é 22 vezes mais elevado do que quando já se passou um ano do nascimento da criança. Como a cesárea é uma cirurgia que exige recuperação, também há risco de trombose.

Além desses três, existem ainda outros fatores envolvidos no desenvolvimento da trombose. Por exemplo, obesidade, sedentarismo, tabagismo, uso de hormônios, idade, câncer, varizes e qualquer condição que aumente a imobilização são agravantes individuais que podem favorecer o desenvolvimento de coágulos sanguíneos. Além disso, ficar hospitalizado, independentemente da realização ou não de cirurgia, é um fator de risco para trombose por causa dos longos períodos que o paciente passa deitado na cama do hospital. “Em hospitais, 60% dos casos da doença ocorrem durante ou após internação, de acordo com a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia”, alerta a Dra. Aline. “Viagens também podem causar trombose, pois, durante viagens muito longas, as pernas ficam para baixo e paradas na mesma posição por muito tempo, o que faz com que o sangue não circule corretamente, pois não há contração dos músculos da panturrilha.”

Prevenção - Algumas medidas que visam melhorar a circulação podem ajudar na prevenção do quadro de trombose. “O recomendado então é que você pare de fumar, consuma bastante água, adote uma alimentação balanceada, realize exercícios físicos regularmente e evite passar muito tempo na mesma posição, seja no horário de trabalho ou em longas viagens, levantando-se de hora em hora para se movimentar um pouco”, destaca a cirurgiã vascular. De acordo com a especialista, o uso de meias elásticas também pode ser indicado, já que essas meias comprimem os vasos sanguíneos, melhorando o retorno venoso e, consequentemente, prevenindo a trombose. “Porém, o mais importante é que você consulte um cirurgião vascular regularmente, principalmente se você tiver predisposição ou agravantes individuais associados à doença. Apenas ele poderá acompanhar sua situação, realizar um diagnóstico correto e, se for o caso, indicar o melhor tratamento para você”, finaliza.

FONTE: Dra. Aline Lamaita, Cirurgiã vascular e angiologista, é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a médica participa, na Universidade de Harvard, de cursos de pós-graduação que ensinam ferramentas para estimular mudanças no estilo de vida nos pacientes em prol da melhora da longevidade e qualidade de vida. A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina


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