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Pesquisador da Fiocruz receberá prêmio em Saúde Pública da OMS

  • Quinta, 20 Fevereiro 2020 11:58
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Imprensa Fiocruz
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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À frente da Rede Global de Bancos de Leite Humano, o pesquisador da Fiocruz João Aprígio foi escolhido para receber o prêmio Dr. Lee Jong Wook, concedido anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

À frente da Rede Global de Bancos de Leite Humano, o pesquisador da Fiocruz João Aprígio Guerra de Almeida foi escolhido para receber o prêmio Dr. Lee Jong Wook, concedido anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a indivíduos ou instituições que tenham contribuído com importantes avanços para a saúde pública. A entrega do prêmio, um dos maiores reconhecimentos da área da saúde mundial, acontecerá em maio, em Genebra, durante a Assembleia Mundial de Saúde.

João Aprígio receberá o prêmio da OMS em maio, durante a a Assembleia Mundial de Saúde, realizada em Genebra (foto: Divulgação)

A edição de 2020 do prêmio evidenciou a promoção do aleitamento materno e a relevância do modelo de Banco de Leite Humano (BLH) criado pelo Brasil e compartilhado com mais de 20 países na redução da mortalidade infantil. A pesquisa liderada por Aprígio nos anos 80 foi responsável por promover a consolidação e a expansão dessa Rede, que atualmente está presente em todos os estados do país, somando 225 unidades em solo nacional (acesse a lista completa com os endereços de todos os bancos). A cooperação internacional também segue em crescimento: recentemente o modelo brasileiro passou a ser referência também para o Brics (bloco de nações emergentes constituídos pelo Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul).

“O BLH surgiu como uma estratégia de qualificação da assistência neonatal em termos de segurança alimentar e nutricional, com foco em ações que ajudam a reduzir a morbimortalidade infantil em instituições hospitalares. O trabalho é voltado para um seguimento muito específico: crianças que demandam cuidados especiais em unidades de terapia semi-intensiva e intensiva, ou seja, bebês que nasceram prematuros, com baixo peso, crianças que pelas mais variadas razões precisam de uma atenção especializada”, esclarece João Aprígio. Além disso, a iniciativa também inclui uma forte política de apoio à amamentação: toda e qualquer mulher que tenha problemas ou dificuldades para amamentar pode procurar apoio nos BLHs. Por ano, cerca de 160 mil litros de leite materno beneficiam mais de dois milhões de recém-nascidos.

Na Fiocruz, desde o início, o trabalho de pesquisa foi pautado no investimento em tecnologia moderada e de baixo custo, mas sensíveis o suficiente para assegurar um padrão de qualidade reconhecido internacionalmente. “Em um movimento quase natural começamos a juntar pesquisa acadêmica e serviço. Foi assim que o Instituto Fernandes Figueira [IFF/Fiocruz], unidade materno-infantil da Fundação, se tornou um espaço de desenvolvimento de soluções voltadas para o melhor auxílio ao campo da atenção neonatal no Sistema Único de Saúde [SUS]”, comenta Aprígio.

O exemplo mais emblemático dessas soluções tecnológicas de baixo custo são os frascos para o condicionamento do leite. Em 1985, os fracos utilizados eram feitos de silicone por dentro e vinham de fora do país, o que gerava um custo muito alto. “Quando começamos a procurar alternativas para esse uso, descobrimos que frascos recicláveis de maionese ou café solúvel não apresentavam diferenças significativas em termos imunológicos ou microbiológicos. Isso possibilitou uma redução de custos de cerca de 85%”, pontua o pesquisador.

A união na pesquisa básica com a aplicação clínica, desenvolvidos na Fiocruz, com o apoio do Ministério da Saúde (MS), que adotou a amamentação como estratégia de segurança alimentar e investiu em pesquisa e desenvolvimento tecnológico na área, deram ao Brasil resultados significativos. Dados do MS mostram que, antes de muitos países, o Brasil alcançou a meta de redução da mortalidade em menores de cinco anos proposta nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM 4) das Nações Unidas quatro anos antes do prazo estabelecido. A taxa de mortalidade reduziu de 53,7 para 17,7 óbitos por mil nascidos vivos de 1990 a 2011. Em 2017, a taxa de mortalidade infantil (menores de 5 anos) foi de 13,4 óbitos por mil nascidos vivos – redução de 3,9% em relação ao ano anterior.


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