Câncer de pele e de lábios: Cirurgião de cabeça e pescoço geralmente participa do tratamento
Dezembro é o mês da campanha de detecção e prevenção do câncer de pele, que tem 180 mil novos casos diagnosticados todos os anos no Brasil
O cirurgião de cabeça e pescoço frequentemente está envolvido nos tratamentos, já que grande parte dos tumores é na face, envolvendo também esse especialista, além do dermatologista e cirurgião plástico.
De acordo com o Prof. Dr. Flavio Hojaij, “o câncer de pele é uma das atribuições da especialidade de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, já que a face é uma das áreas mais expostas e, infelizmente, muitas vezes o tumor toma proporções maiores e o dermatologista ou o cirurgião plástico não consegue atuar, porque o procedimento cirúrgico envolve grandes ressecções”.
Também o câncer de lábio costuma ter a participação de um cirurgião de cabeça e pescoço em seu tratamento. No ano passado, a maior tenista brasileira, Maria Esther Bueno, faleceu de câncer de lábio com metástases. E recentemente, o técnico de futebol Vanderlei Luxembrugo precisou tratar um melanoma no nariz. No caso dele, o diagnóstico precoce foi importante e com a retirada do tumor ainda pequeno, o técnico voltou às suas atividades em poucos dias.
Por isso, atenção. Aquela pinta mais “feia”, malformada e com bordas indefinidas, pode ser um câncer de pele e merece um exame mais detalhado com biópsia.
O melanoma, apesar de não ser o tipo de câncer de pele mais frequente, é o que tem o maior índice de mortalidade, com mais de 1.700 óbitos por ano. Ele afeta os melanócitos, responsáveis pela produção do pigmento e, quando detectado precocemente, a chance de cura é maior que 90%.
O câncer de pele de maior prevalência é o carcinoma, menos agressivo, mas que também poderia ser evitado com medidas simples como menor exposição solar e o uso de protetores e bloqueadores. Para o rosto, chapéus e bonés.
Câncer labial - O excesso de exposição solar também é o principal responsável pelo câncer de lábio, que ocorre com maior frequência no lábio inferior, em pessoas brancas na faixa etária de 50 a 70 anos e é predominante em homens. Aquela queimadura do lábio que aparece quando se toma muito sol, que se chama “queilite actínica” é um predisponente para o câncer labial.
O Dr. Flavio Hojaij é cirurgião de cabeça e pescoço e professor livre docente da Faculdade de Medicina da USP. Ex diretor científico e secret6ário geral da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, atua nos principais hospitais de São Paulo como Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Oswaldo Cruz, Hospital São Luiz e Hospital BP Mirante.
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