Dezembro Laranja: Campanha nacional de prevenção ao câncer de pele
O mês de dezembro é marcado pela campanha Dezembro Laranja, que alerta para a importância da prevenção ao câncer de pele, tipo mais frequente no Brasil. Com a chegada do verão, os cuidados com a exposição excessiva aos raios ultravioleta, principal fator de risco para a doença, devem ser redobrados, em especial o UVB, que está associado à queimadura solar.
A prevenção e a detecção precoce são as maiores aliadas contra o câncer de pele. Os cuidados - evitar exposição ao sol no período de 10h às 16h, aplicar protetor solar diariamente e utilizar chapéu e óculos escuros para atividades ao ar livre - valem para o ano todo, mas devem ser reforçados durante o verão, que começa em 22 de dezembro. Além disso, é importante estar atento a qualquer alteração em forma de pintas, manchas ou feridas na pele.
Há dois tipos de câncer de pele: o não-melanoma, de maior incidência e baixa mortalidade, e o melanoma, que representa apenas 3% dos casos de câncer de pele, porém com maior índice de mortalidade. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele não-melanoma corresponde a 30% de todos os diagnósticos e a estimativa para o biênio 2018/2019 é de 165 mil novos casos no país. “O câncer de pele não-melanoma possui altas chances de cura quando detectado precocemente. Já o melanoma é mais grave devido ao alto risco de metástase”, explica o Dr. Bruno França, oncologista clínico e Diretor Médico do CON - Oncologia, Hematologia e Centro de Infusão.
Segundo o médico, o câncer de pele é mais comum a partir dos 50 anos, sendo mais incidente em homens. “Quanto mais clara a pele, maior o risco, mas qualquer pessoa pode desenvolver a doença. Os nevos melanocíticos, popularmente chamados de ‘pintas’ ou ‘sinais’ na pele, também são um fator de risco. Existe, ainda, uma pequena parcela da população que possui o risco relacionado à predisposição hereditária ou a doenças raras”, completa França.
Os sintomas do melanoma estão relacionados ao aparecimento ou alteração de manchas na pele, conforme a regra internacional conhecida como ABCDE, em que cada letra corresponde a uma característica:
Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra.
Bordas irregulares: contorno mal definido.
Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul).
Diâmetro: maior que 6 milímetros.
Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).
Caso seja observado algum desses sinais, é recomendável ir ao dermatologista, que fará uma avaliação da pele e, se necessário, uma biópsia da lesão suspeita. “Essa avaliação também pode e deve ser realizada antes do aparecimento de sintomas, como forma de detecção precoce. A periodicidade do exame vai ser indicada pelo dermatologista, de acordo com o risco do paciente”, destaca Dr. Bruno.
Quando diagnosticado no início, o tratamento do câncer de pele é simples. “Pode ser realizada a retirada cirúrgica da lesão, com margens de segurança. Já nos casos mais avançados, além da cirurgia, pode ser indicada radioterapia ou as terapias sistêmicas. Atualmente, temos novos tratamentos para o melanoma avançado localmente ou metastático, como a imunoterapia e a terapia alvo, que revolucionaram o prognóstico da doença”, explica o oncologista.
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