Dia mundial do AVC: atendimento rápido ajuda a salvar vidas
Hospital Lifecenter, em Belo Horizonte, recebeu certificado pela eficiência ao atender pacientes com a enfermidade
O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é a segunda doença que mais mata no Brasil e no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a emergência médica é responsável por causar uma morte a cada seis segundos, o que equivale a 6,5 milhões de óbitos no mundo.
Os dados assustam, mas especialistas afirmam que a enfermidade não é necessariamente fatal. Segundo o coordenador do setor de Neurologia do Hospital Lifecenter, Dr. Daniel Isoni Martins, agilidade e eficiência no diagnóstico é fundamental para salvar vidas e minimizar os danos. “Durante um AVC, a cada minuto, morrem três milhões de neurônios. Então quanto mais rápido o tratamento for iniciado, menores são as chances de lesão ao cérebro”, afirma o médico.
Para oferecer um tratamento eficaz aos pacientes, o Hospital Lifecenter investe em na qualificação de seus profissionais. Em 2019, a equipe recebeu, o certificado de conclusão do treinamento oferecido pelo projeto “Angels”. Reconhecida na Europa e nos Estados Unidos, a iniciativa capacita desde profissionais responsáveis pela portaria até os médicos neurologistas a estabelecerem e otimizarem o tratamento do AVC. Em Belo Horizonte, o Hospital Lifecenter foi o primeiro a receber o projeto, que já passou por mais de 80 instituições médicas no Brasil.
A enfermeira Kamilla Lima passou pelo treinamento e acredita que o treinamento ajuda a salvar vidas “Agora usamos uma escala para identificar a gravidade do comprometimento cerebral de acordo com os sintomas que o paciente apresenta”, pontua Kamilla. Ela revela que o novo protocolo foi uma das etapas do treinamento do Angels, executado em parceria com a Universidade do Porto (Portugal).
O diagnóstico mais eficaz, segundo Kamilla, otimizou também a recepção dada aos pacientes, que agora contam com tratamento de urgência até 24 horas depois da apresentação dos primeiros sinais de AVC. “Mesmo após um dia, ainda há tempo de resolver danos que possam ser solucionados com procedimento cirúrgico. Os pacientes ficam muito satisfeitos com a agilidade do protocolo, já que os procedimentos são muito rápidos, sequenciais e todos os setores do hospital sabem como agir”, garante a enfermeira do pronto-socorro.
Pioneirismo e excelência
Além do treinamento, o projeto “Angels” também avalia a qualidade dos serviços prestados pelo hospital a pacientes com quadro de AVC. Após a visita dos responsáveis pela iniciativa, há cerca de três meses, o hospital Lifecenter foi certificado pela qualidade de seu atendimento aos enfermos. “Somos o primeiro hospital de Belo Horizonte a receber o certificado de melhoria do projeto Angels. Para nós, isso é muito importante porque o projeto é validado em nível nacional e internacional”, celebra o Dr. Daniel.
A estretégia do Hospital Lifecenter, em prol da qualificação da equipe para o quadro de AVC, caminha ao lado de um movimento global. Onze nações latino-americanas assinaram, em agosto deste ano, uma carta se comprometendo a desenvolver medidas efetivas para atuar na prevenção, no amparo e na reabilitação dos pacientes. O documento foi oficializado durante o 21º Congresso Ibero-americano de Doenças Cerebrovasculares, realizado em Gramado, no Rio Grande do Sul.
Além disso, a parte operacional também recebe destaque. No ano passado foram investidos cerca de R$ 7 milhões, direcionados a novos mobiliários; reformas estruturais, gerenciamento de tecnologia da informação (TI); e aquisição de equipamentos como arco cirúrgico, microscópio para cirurgia neurológica de grande complexidade, modernos aparelhos de anestesia, monitores multiparamétrico.
“Somos referência nos casos de maior complexidade médica, com maior impacto na vida do paciente. Além do selo do Projeto Angels, temos uma UTI voltada para a neurologia e reformulamos a operação do nosso Pronto Atendimento. Também temos um novo núcleo de atendimento cardiológico, com novos espaços e equipamentos”, disse Glauco.
Confira as 6 estratégias para controlar a epidemia de AVC na América Latina
1. Educar a população quanto aos sinais de alerta do acidente vascular cerebral, à urgência do tratamento e ao controle dos fatores de risco.
2. Promover ambientes seguros para a prática de atividade física, implantar políticas de controle do tabaco e estimular a alimentação saudável.
3. Estabelecer estratégias de detecção e controle de fatores de risco tratáveis.
4. Organizar o atendimento aos pacientes, da chegada no hospital ao tratamento.
5. Ampliar o acesso à reabilitação e estabelecer diretrizes para o tratamento padronizado, com atualizações periódicas.
6. Monitorar a prevalência dos principais fatores de risco e dos indicadores assistenciais do atendimento
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