Alerta: na volta às aulas aumenta a incidência de doenças de vias respiratórias em crianças
Época de volta às aulas é comum que as crianças adoeçam com mais frequência, uma série de fatores leva a isso, como o contato com outros pequenos, a adequação a uma rotina de horários, baixa imunidade e maior exposição a vírus e bactérias
Crianças são mais suscetíveis do que os adultos, afinal o sistema imunológico é mais frágil, as defesas do organismo ainda são consideradas imaturas, com baixa produção de anticorpos. Com isso, a possibilidade de contrair uma enfermidade aumenta, especialmente de vias aéreas superiores (nariz, orelha e garganta). É o que pode acontecer na volta às aulas, e uma série de fatores são apontados como influenciadores para isso.
As férias provocam mudanças na rotina das crianças, que desrespeitam os horários das refeições, bem como a hora de acordar e ir dormir. “Nos últimos dias de descanso é importante readaptar o horário da casa, pois com a rotina completamente transformada pode surgir certa dificuldade para dormir, o mesmo serve para o horário das refeições, que deve ser retomado e seguido corretamente. Alterações bruscas na alimentação e no ciclo do sono deixam o organismo mais fragilizado, interferindo no sistema imunológico e no funcionamento do metabolismo”, afirma Dr. Vinicius Ribas Fonseca, presidente da Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica (ABOPe).
Otites e amigdalites também são problemas recorrentes. “Geralmente esses problemas são causados por vírus e bactérias. A combinação de baixa imunidade com exposição a ambientes comunitários aumenta o risco de contrair essas doenças. A criança mantém contato com outras, pode trocar as chupetas, toca as mãos em brinquedos e outros objetos de coleguinhas, depois levá-as à boca, o que aumenta as chances de infecção através desse contato mão-boca”, explica Ribas Fonseca.
Como se não bastassem os fatores expostos acima, muitas escolas aproveitam o período de recesso para fazer reformas, o que aumenta a exposição a poeira e produtos químicos, resultando em reações alérgicas e problemas respiratórios. Entre os casos mais comuns está a rinite alérgica, que é a inflamação da mucosa na fossa nasal. “Ao primeiro sinal de coriza, é indicado que se faça uma lavagem nasal e reforce a hidratação com muita água, podendo diminuir o número de infecções com esses atos simples do dia a dia”, revela o presidente da ABOPe.
Por conta de tudo isso, é importante tomar alguns cuidados que minimizem o risco de a criança contrair alguma enfermidade, entre elas podem ser destacadas: manter a carteira de vacinação em dia, estabelecer uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, ter hábitos permanentes de higiene pessoal e coletiva. “Deve-se ensinar as crianças, desde cedo, a lavar as mãos regularmente, especialmente antes das refeições, antes e depois de ir ao banheiro e ao chegar da rua. É importante também ter uma atenção especial à higiene dos alimentos, objetos e brinquedos. A criança deve evitar o compartilhamento de itens pessoais com os colegas e principalmente evitar levar chupetas à escola, por fim, caso esteja com febre, também não deve ser levada à escola”, finaliza o médico.
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