A digitalização avança em ritmo acelerado no mundo todo. Uma das novidades mais recentes é o Wi-Fi 7, que chegou ao Brasil em 2024 e é apontado como a tecnologia mais moderna e avançada desta geração.

Com a rápida expansão do universo digital, a tendência é que o Wi-Fi 7 cresça rapidamente no cenário global. Segundo um relatório da Next Move Strategy Consulting, o mercado de Wi-Fi 7 deve saltar de US$ 1,15 bilhão em 2023 para quase US$ 25 bilhões em 2030, registrando um crescimento anual de 55,2%.

Wi-Fi 7 pode revolucionar a internet

Também conhecido como IEEE 802.11be, o Wi-Fi 7 chegou ao mercado oferecendo velocidades teóricas de até 46 Gbps. De acordo com informações do portal Futurecom, a tecnologia promete se tornar referência para a conectividade do futuro.

Com suporte às bandas de 2,4 GHz, 5 GHz e 6 GHz e canais de até 320 MHz, o Wi-Fi 7 garante maior largura de banda e menor interferência. Entre suas principais vantagens estão:

- Conectividade estável em redes densas de dispositivos;

- Latência extremamente baixa para aplicações em tempo real;

- Suporte a tecnologias emergentes, como realidade aumentada e virtual.

No Brasil, a adoção começou em 2024 com projetos pioneiros em universidades, aeroportos e empresas, incluindo roteadores homologados, como o Deco BE65.

Além de ambientes corporativos, o Wi-Fi 7 pode otimizar a digitalização industrial, viabilizando manufatura inteligente, automação avançada e outras atividades. Dessa forma, fortalece a integração de processos em tempo real e operações baseadas em dados.

Com a expansão de modelos homologados e a crescente oferta no mercado, a expectativa é que a nova geração se torne padrão em residências e empresas ao longo de 2025. Para especialistas, a evolução representa um salto na busca por conexões mais rápidas e eficientes.

Desafios e tendências para a tecnologia

O Wi-Fi 7 promete velocidades mais altas e abre caminho para tendências tecnológicas transformadoras. No Brasil, segundo o IBGE, quase 90% das pessoas com 10 anos ou mais já estão conectadas à internet.

Entre as tecnologias que se beneficiarão do Wi-Fi 7 estão a realidade estendida (XR), a Internet das Coisas (IoT) em larga escala e os ambientes híbridos de trabalho, capazes de integrar home office e operações corporativas sem interrupções.

Apesar do potencial, a adoção enfrenta desafios, como a compatibilidade limitada com dispositivos atuais, o que pode exigir novos padrões. O custo inicial de roteadores também representa uma barreira, tornando necessária a oferta de equipamentos mais acessíveis.

Mesmo assim, a Wi-Fi Alliance projeta 2,1 bilhões de dispositivos compatíveis até 2028, indicando crescimento acelerado da tecnologia. Por isso, o Wi-Fi 7 se posiciona como peça-chave para o futuro da conectividade e deve se tornar cada vez mais presente nos próximos anos.