Esportes e aprendizagem ativa: um diálogo em que todo mundo ganha
Escola de SP conecta temas relevantes de diversas disciplinas com a prática esportiva, valorizando o protagonismo do aluno e as diversas vertentes das atividades físicas; ação tem sido ainda mais importante após 1 ano e meio de ensino remoto e isolamento social
A prática de atividades físicas, apesar de inegavelmente benéfica em inúmeros aspectos, ainda faz menos parte da rotina do brasileiro do que poderia. De acordo com a última edição da Pesquisa Nacional de Saúde – PNA, um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente 30,1% das pessoas praticam algum nível recomendado de esportes como lazer. Ainda associado com estética, esse hábito traz elementos muito positivos relacionados a bem-estar, sociabilidade e controle emocional.
Um estudo da Organização Mundial da Saúde – OMS alerta que um em cada dois adultos não pratica atividades físicas regularmente. O sedentarismo pode ter sido agravado com a pandemia do novo coronavírus, com as pessoas confinadas em casa como meio de contenção da doença. Crianças e adolescentes em idade escolar passaram cerca de 1 ano e meio no ensino remoto, o que gerou impacto também nas atividades físicas que esses estudantes tinham como rotina na escola. A Camino School, uma escola trilíngue localizada na zone oeste de São Paulo, retomou as atividades presenciais com o avanço da vacinação na capital – e juntamente com esse retorno, as aulas esportivas também puderam ser retomadas.
Expedições: escola seleciona temas que são debatidos em todas as disciplinas e os aplica também no esporte
De acordo com o professor e educador físico Samuel de Araújo Silva – ou Samuca, como é conhecido na escola –, as atividades físicas são importantes, não apenas sob o prisma da saúde, mas também sob uma abordagem cultural, social e até mesmo histórica. A Camino atua por meio de projetos, chamados Expedições, promovendo um diálogo entre todos os departamentos pedagógicos, como Expressions (que engloba Movement, Music, Drama e Arts), Humanities e STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática).
E o que isso quer dizer? Na prática, toda e qualquer atividade pensada tem que estar alinhada com um eixo comum, chamado pela escola de Expedição. Atualmente, uma das expedições da Camino é sobre o Japão. “Atuamos por meio de projetos, pensamos em algo mais integral. A partir de um problema da vida real, elaboramos uma estratégia para que possamos falar do mesmo assunto, de modo que faça sentido para estudantes”, afirma o educador físico.
Uma vez selecionado o “Japão”, Samuca conta que abriu um bate-papo com as turmas. “Perguntei o que sabiam sobre o assunto e muitos responderam: Naruto, mangá, bairro da Liberdade e sushi. Fomos abordando as lutas japonesas, até que chegamos ao sumô, a atividade principal na terra do Sol nascente, que hoje está no nosso cronograma de Movement”, destaca. O professor salienta ainda que nada é decidido unilateralmente. “Entendemos juntos. Há uma interação e uma troca. Sempre linkamos com cultura e música. Tem que fazer sentido”.
Integração como ponto de partida
Da mesma forma, a temática japonesa perpassa as outras disciplinas, possibilitando que o estudante associe a atividade física com um contexto social e histórico, isto é, eles passam a entender um pouco mais sobre outro país enquanto têm aulas das mais variadas matérias.
“Os currículos são desenvolvidos em conjunto. As Expedições são relacionadas a situações da vida real. Muitos estudantes saberão de que maneira as tradições e os costumes japoneses estão presentes na nossa vida. A cultura japonesa é, particularmente, muito presente em São Paulo, a maior comunidade Nikkei fora do Japão”, contextualiza. Isso tudo é apresentado em cada aula. A Expedição Japão vai até o fim deste bimestre.
Samuca destaca ainda que cada atividade da Camino School aborda temas de grande relevância, como foi o caso da Expedição sobre patrimônio cultural. “É muito interessante quando as disciplinas se falam entre si. Quando você pensa em capoeira, um professor de Humanities pode debater sobre a abolição da escravatura. Não é apenas a atividade física. Há um diálogo com história e expressão cultural. Não seria só a prática pela prática, existe uma imersão”.
Camino Education – Como um ecossistema educacional que integra educadores, gestores, pais e estudantes, a Camino Education tem a missão de enriquecer a Aprendizagem para milhões de alunos, com a aspiração de transformar aulas tradicionais em experiências de aprendizagem inesquecíveis, de alta qualidade educacional e engajamento significativo dos educadores e dos alunos, por meio da Aprendizagem Ativa. A Cloe, plataforma digital completa de Aprendizagem Ativa desenvolvida pela Camino Education, a Camino School, escola de referência em São Paulo, e o Centro Camino de Aprendizagem Ativa, centro de formação de educadores, compõem esse ecossistema. A Camino Education é a primeira Edtech brasileira a compor a comunidade Global Innovators do World Economic Forum e está entre as 100 Edtechs mais inovadores da América Latina, segundo o ranking 2020 LATAM 100 Edtechs anual.
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