EaD consolida presença nacional com crescimento de 34% no número de cursos na pandemia
A necessidade de se adaptar ao cenário de pandemia tem feito muitas pessoas aderirem de vez às tecnologias digitais. E no setor da educação a regra é a mesma. Uma pesquisa realizada no início do ano pela Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed) indicou que a procura pelo ensino à distância cresceu 30% desde que teve início o isolamento social, em março do ano passado.
Mas a tendência de crescimento da Educação à Distância (EaD) no Brasil já vinha sendo observada ainda antes dos primeiros casos de infecção por Covid-19. O Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Inep, já apontava que em 2019 a modalidade de EaD respondia por 50,7% das matrículas realizadas em instituições privadas de ensino superior. Incluindo também as universidades públicas, as matrículas para EaD representam 35% do total.
Essa procura também se confirma nos dados de um estudo realizado pela Educa Insights, em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). Entre os entrevistados que disseram querer iniciar um curso de graduação no 1º semestre de 2021, 46% manifestaram interesse na EaD, contra 33% dos que focam no presencial.
“A pandemia de fato contribuiu para que diminuísse a resistência de muitas pessoas ao ensino à distância. Mas precisamos considerar também que houve avanços muito fortes na metodologia, na qualidade dos softwares e dos materiais didáticos e na interação professor-aluno nas salas de aula virtuais. O abismo que antes existia entre as aulas online e as presenciais foi quase que eliminado”, avalia Lucas Lage, do Instituto Pedagógico de Minas Gerais (Ipemig).
Outros aspectos que favorecem a procura pela EaD são a flexibilidade de tempo e de local de estudo e a viabilidade econômica num momento em que as condições econômicas não são tão favoráveis. “As mensalidades na modalidade de Educação à Distância costumam ser até 50% menores do que os valores praticados para os cursos presenciais. O aluno tem uma economia de tempo, de deslocamento e de gastos com mensalidade e material. Justamente empecilhos que foram agravados na pandemia”, explica Lucas Lage.
Atendimento e qualidade
O Diretor Administrativo do Ipemig avalia que o cenário favorável à EaD exige que as instituições estejam ainda mais preparadas para atender ao crescimento do fluxo de novos estudantes. Ele recomenda que o aluno considere a capacidade de atendimento da instituição, a metodologia e o plano de ensino e a atratividade do curso para o mercado.
“Ao escolher um curso à distância, é importante observar todas essas condicionantes, tomando cuidados que costumam ser levados em conta somente quando há interesse num dos cursos presenciais”, pontua Lage. “A política do MEC é de não dar peso diferente para um curso EaD e um presencial, pois considera que a qualidade de ensino deve ser a mesma. Por isso, o aluno deve saber que está ingressando numa instituição séria, com expertise para oferecer um curso de qualidade”, avalia o Diretor Administrativo do Ipemig.
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