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Crianças que não gostam de parquinho podem ter alteração no sistema vestibular

  • Quinta, 01 Julho 2021 11:24
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Leda Sangiorgio
  • SEGS.com.br - Categoria: Educação
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Dados apontam que 1 em cada 20 pessoas pode apresentar algum problema relacionado ao processamento sensorial.

Embora ir ao parque seja diversão garantida para a maioria das crianças, para algumas pode não ser uma experiência tão agradável. Isso, na verdade, pode ser um sinal de que há alguma alteração no processamento sensorial vestibular e proprioceptivo.

Mas, o que é isso?

Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista na área de neurologia, o sistema vestibular é responsável pela percepção da posição da cabeça no espaço, bem como pela movimentação, mudança de velocidade e direção do movimento.

“O que poucas pessoas sabem é que esse sistema tem bastante influencia no processo auditivo, de linguagem, assim como no aprendizado, nos comportamentos, na função óculo motora e no esquema corporal”.

“Já o sistema proprioceptivo permite, sem a ajuda da visão, o posicionamento de uma parte do corpo no espaço ou ainda a percepção do movimento. Na prática, é a capacidade de saber e controlar em qual posição estão as partes do corpo em cada momento e movimento”, explica Walkíria.

Medo do balanço

Walkíria comenta que, em geral, são crianças que se sentem desconfortáveis com atividades que demandam movimentos rápidos. “Costumam ter medo de altura e precisam manter os pés no chão. Portanto, balanços, gira-gira e gangorras, por exemplo, são brinquedos que podem causar pavor nessas crianças”.

É importante dizer que embora a condição seja mais comum no autismo, crianças com desenvolvimento neuropsicomotor normal também podem ter essa alteração no processamento sensorial. “Muitos pais nem imaginam que a recusa de certas brincadeiras pode ter relação com essas alterações sensoriais”.

Sinais precoces

Quando bebês, podem não gostar de serem tirados do berço, do carrinho, muito menos ninados. Mais tarde, no aprendizado da marcha, podem ter dificuldade de se manter em pé, arrastar-se, engatinhar e andar. Claro, a recusa em ir para o playground deve ser um sinal de alerta.

“Na escola, precisam apoiar o queixo na mesa, esbarram na mobília e caem quando o centro da gravidade muda. Podem ter dificuldade para olhar para o quadro e de volta para a mesa, ou ainda apresentar dificuldades para ler, especialmente quando há alteração na capacidade de coordenar os olhos à direita e à esquerda”, explica Walkíria.

A especialista ressalta que, como todas as informações sensoriais são processadas de acordo com a referência das informações vestibulares, caso esse não funcione corretamente, haverá impacto na interpretação das demais sensações.

“Isso quer dizer que essa alteração no processamento sensorial prejudica o desenvolvimento global da criança”.

Terapia de integração sensorial

Quando os pais perceberem algum desses sinais, o ideal é procurar um especialista em desenvolvimento neuropsicomotor para uma avaliação. Caso a alteração seja confirmada, o tratamento pode ser feito com a terapia de integração sensorial.

"A terapia de integração sensorial vai ajudar a criança a organizar o processamento das sensações vestibulares e proprioceptivas. Ela irá aprender a diferenciar e a reagir com respostas motoras mais adequadas aos movimentos. Também irá treinar o equilíbrio, a orientação espacial e outras habilidades necessárias para corrigir o problema”, reforça Walkíria.

Quando procurar o especialista?

O sucesso no tratamento depende da precocidade da intervenção. Isso devido à neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro em fazer novas conexões.

A plasticidade cerebral é mais intensa nos primeiros anos de vida, especialmente até os dois anos de idade. Nas crianças maiores, também é possível aplicar métodos terapêuticos que irão melhorar essas alterações.

"O tratamento precoce, portanto, é fundamental para que a criança tenha todas as oportunidades de um desenvolvimento neuropsicomotor adequado, sem repercussões futuras”, conclui Walkíria.


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