Após o laudo da Polícia Civil de São Paulo constatar que a morte do cachorro Doca, que morreu durante um voo de uma companhia aérea em abril deste ano, foi causada pelo excesso de calor, desidratação e estresse, especialistas destacam os cuidados na hora de viajar com o pet. E essa tarefa não é fácil, requer muito planejamento e atenção, uma vez que qualquer erro pode implicar na saúde do animal. Por isso, todo cuidado é pouco para levar o pet como companhia em um voo.

O médico veterinário da Oncozoo, Luiz Sofal, destaca que a pesquisa sobre as regras de voos para pets nas companhias aéreas é o primeiro passo dos tutores. “A princípio, eu indico que os donos dos animais busquem a política de transporte das companhias. Em seguida, notícias e relatos sobre o transporte de animais nestas empresas, para poder decidir se essa linha é segura para levar o pet na viajem”, explica.

Sofal ainda lembra que os tutores devem estar atentos aos seguintes pontos antes de levar o animal em um voo, são eles:

- Conheça seu animal: é importante saber se seu pet tem condições de se adaptar ao lugar onde o animal será transportado; algumas condições podem causar estresse e gerar problemas graves ao animal.

- Especificidades da caixa de transporte: a casinha precisa ter um tamanho proporcional ao do pet, aberturas para ventilação e porta frontal. Assim, o animal pode ser transportado embaixo da poltrona da frente do tutor ou, se os animais forem de porte médio/grande, no bagageiro.

- Saiba seus direitos como tutor: o local onde o animal será transportado deve ser seguro e com condições adequadas para a saúde do animal. Diante de possíveis irregularidades, os tutores têm direito a uma indenização.

- A documentação do pet deve estar em dia: assim como todo passageiro deve ter sua identificação, os pets precisam ter documentos para viajar, como atestado de saúde, carteira de vacinação completa e certificado de um veterinário.

Sofal ainda destaca que é preciso que os tutores treinem os seus animais para o dia da viagem. “Os animais devem estar acostumados à caixa de transporte, por isso, pedimos que os donos os deixem ter contato com a casinha com antecedência. Também pedimos que eles sejam habituados aos sons do aeroporto e, claro, levem os pets antes ao veterinário. Nós, profissionais, podemos indicar os cuidados dos momentos antes, durante e após a viagem”, finaliza.