Goiás é o quarto estado que mais recebeu nordestino no Brasil, mostrou o Censo de 2010. Com isso, eles trazem não somente sua força de trabalho, como também a sua alegria, a sua cultura e seus hábitos. Na Toctao Soluções de Engenharia, que faz parte do Grupo Mauá, 60% dos colaboradores são de origem nordestina.

Gente como o Flávio Luz de Sousa, mestre de obras na construção do Europark, que chegou na cidade goiana em 2005, e trabalha na empresa desde 2006. “Não tive dificuldade para me adaptar”, afirma

"Somos muito alegres e extrovertidos, o que facilita nossa comunicação na obra”, conta Flávio. Ele também fala que uma vez por semana na obra acontece uma verdadeira miscigenação da cultura nordestina, inclusive envolvendo a gastronomia.

“Eu preparo em casa alguns pratos e levo para compartilhar na obra. No cardápio, o famoso peixe frito com a farofa, o bolo de arroz, bolinho frito de mandioca, farinha de puba com torresmo de porco e o povo gosta”, conta o mestre de obras.

O operador de obra, Raimundo Mesquita, também é nordestino da cidade de Codó. Ele, que convive com Flávio, fica feliz com a iniciativa do amigo, pois a comida típica do nordeste é uma forma dele relembrar o sabor da sua terra. “Uma mistura de gosto e lembrança, bons momentos”, diz.

Flávio também fala que não é difícil reconhecer um nordestino. “Eu me entrego fácil, homem baixo e com sotaque diferente, a gente fala num tiro só, as palavras correm sem ponto”.