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‘Não tem mais idade’: etarismo na atividade física deve ser combatido; personal trainer dá dicas

  • Segunda, 28 Agosto 2023 18:24
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Aline Nobre
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“Pode ser ‘tarde demais’ para ir para uma Olimpíada e competir em altíssimo nível, mas não é para aprender e colher os benefícios físicos e psicológicos de um novo esporte ", diz o educador físico Bruno Sapo.

Nunca é tarde para se dedicar a um novo esporte e praticar atividade física. Estar em busca de saúde e bem estar é uma missão que carregamos por toda a vida. Por que, então, é comum ouvir que pessoas mais velhas “não tem mais idade” para se exercitar? O etarismo precisa ser combatido, e o personal trainer e educador físico Bruno Sapo é um dos aliados contra o preconceito e a falta de informação.

“Podemos desconstruir o preconceito evitando deduções baseadas no senso comum, promovendo ambientes mais inclusivos e atividades que valorizem e incentivem o acolhimento”, diz o profissional.

Bruno aponta situações em que notamos que a idade se torna uma tentativa de empecilho para a prática de esportes:

- Seleção de equipe: Atletas mais jovens ou mais velhos podem ser excluídos com base em estereótipos sobre sua capacidade de desempenho, devido à idade. Isso de forma profissional ou recreativa.

- Oportunidades de treinamento: Podem haver restrições ou limitações nas oportunidades para atletas e praticantes de certas faixas etárias, resultando em desvantagens para aqueles que são mais jovens ou mais velhos.

- Desvalorização da experiência: pessoas mais velhas podem ser vistas como menos valiosas ou incapazes devido a uma crença de que a idade prejudica o desempenho, ignorando a rica experiência que eles podem trazer.

- Estereótipos negativos: pessoas mais velhas podem enfrentar a ideia de estereótipos que a consideram incapazes de se manter em esportes competitivos, levando à subestimação de suas habilidades.

O personal também lista maneiras que o etarismo se apresenta para atletas profissionais:

- Aposentadoria forçada: atletas mais velhos podem ser pressionados a se aposentar prematuramente, mesmo quando ainda têm habilidades competitivas, devido a expectativas sociais em relação à idade.

- Foco exclusivo na juventude: Em alguns esportes, a ênfase na juventude pode levar à negligência de atletas mais velhos, limitando suas oportunidades de competir em níveis mais altos.

- Patrocínios: : Atletas mais velhos podem enfrentar dificuldades em conseguir patrocínios ou contratos de endosso, uma vez que a indústria muitas vezes privilegia atletas mais jovens.

E como combater o preconceito com pessoas mais velhas?

“Pode ser ‘tarde demais’ para ir para uma Olimpíada e competir em altíssimo nível, mas não é para aprender e colher os benefícios físicos e psicológicos de um novo esporte”, diz.

Bruno Sapo continua:

“Faz parte do meu trabalho buscar ferramentas que acolham todas as pessoas. Assim, pode-se pensar em aulas específicas para pessoas de determinado nível/faixa etária (o que idealmente não precisaria acontecer, mas pode deixar as pessoas mais confortáveis para começar a treinar), atividades que valorizem as qualidades daquela pessoa (por exemplos, jogos recreativos com perguntas que aquela pessoa domina, ou então exercícios que a pessoa domine pelo seu passado esportivo).

Os benefícios do treino de força:

A partir de uma certa idade, a sarcopenia (perda de massa magra e função do músculo esquelético) passa a ser um fator. Com isso, o treino de força pode ser benéfico para, além da manutenção e ganho de massa magra, também a prevenção de doenças crônicas e aumento da longevidade.

“Um estudo mostrou que a prática de treino de força, de 30 a 60 minutos diário, reduz o risco de 10% a 20% de morte prematura”, destaca Bruno Sapo, que complementa: “Em qualquer idade, o exercício tem enorme influência na saúde mental, além disso, em idosos, o fato de se sentir útil, em atividade, pode ser extremamente benéfico”.

Existe, de fato, alguma limitação?

Em esportes que exigem alto rendimento, é comum que, com o passar do tempo, atletas comecem a perder força, potência e condição cardiorrespiratória. “No entanto, esse processo é diferente de pessoa para pessoa, e deduzir que a partir de X idade aquela pessoa não tem um espaço pode ser um problema”, destaca o profissional de educação física.

Um estudo com mais de 73 mil mulheres e 38 mil homens constatou:

- Mulheres que praticam 4 ou 5 hábitos saudáveis, numa idade de 50 anos, tiveram mais anos sem diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.

- Homens que praticam 4 ou 5 hábitos saudáveis, na idade de 50 anos, viveram 31,1 anos livres de doenças crônicas comparado a 23,5 anos entre homens que não praticavam nada.

“Na medida que envelhecemos, o risco de doenças crônicas aumenta, mas esses dados mostram que essas escolhas de estilo de vida podem reduzir esses riscos”, conclui Bruno, que convida a todos para se juntar a sua turma ou a de outro profissional de educação física qualificado.

Estudos citados

- Momma H, Kawakami R, Honda T, et alMuscle-strengthening activities are associated with lower risk and mortality in major non-communicable diseases: a systematic review and meta-analysis of cohort studiesBritish Journal of Sports Medicine Published Online First: 28 February 2022. doi: 10.1136/bjsports-2021-105061

- Healthy lifestyle and life expectancy free of cancer, cardiovascular disease and type 2 diabetes: prospective cohort study,” Yanping Li, Josje Schoufour, Dong D. Wang, Klodian Dhana, An Pan, Xiaoran Liu, Mingyang Song, Gang Liu, Hyun Joon Shin, Qi Sun, Laila Al-Shaar, Molin Wang, Eric B. Rimm, Ellen Hertzmark, Meir J. Stampfer, Walter C. Willett, Oscar H. Franco, Frank B. Hu, BMJ, online January 8, 2019, doi: 10.1136/bmj.l6669

Saiba mais sobre Bruno Sapo

Os conceitos do futebol americano e os R$ 200 emprestados do pai foram suficientes para levar Bruno Sapo a se tornar uma referência em educação física. O TDS, como ficou conhecido o “Treino do Sapo”, foi desenvolvido pelo então atleta de futebol americano para jogadores profissionais, mas acabou conquistando o público geral do Rio de Janeiro. Quebrando barreiras, agora o personal vive em São Paulo, levou seu treino para a badalada Cia Athletica. “Preto, Profissional de Educação Física, anti-racista, treinador, ex-atleta, nerd e crossfiteiro”, como se descreve Bruno, através de seus posts no Instagram, o carioca se posiciona abertamente sobre temas que muitos não teriam coragem de falar como a própria gordofobia no esporte e se evidencia ainda mais por isso.

Mais informações sobre Bruno Sapo

www.instagram.com/brunorosa.sapo


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