11 de fevereiro - O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência
A luta por equidade no ambiente científico ainda está muito distante de ser uma realidade
Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência com o intuito de fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, sobretudo, do ponto de vista da educação. A Organização das Nações Unidas (ONU) sempre ressalta a questão de gênero e, inclusive, uma das metas da agenda 2030 é a redução das desigualdades de gênero, como forma de melhorar o desenvolvimento sustentável.
Segundo levantamento do Instituto de Estatística da Unesco (Unesco Institute for Statistics – UIS), apenas 30% dos cientistas no mundo são mulheres. No Brasil, as mulheres ocupam apenas 14% das posições na Academia Brasileira de Ciências. Desde 1901, quando o Prêmio Nobel foi criado, os prêmios das áreas de ciência (Fisiologia ou Medicina, Física e Química) foram concedidos a mais de 622 pessoas. Mas apenas 22 dos vencedores eram mulheres (Marie Curie foi premiada duas vezes, com Física e Química). Elas representam somente 3,53% dos laureados em ciência.
O relatório da Elsevier de 2020, chamado “A jornada do pesquisador através de lentes de gênero” abordou a participação em pesquisas, progressão na carreira em percepções em 26 áreas temáticas da União Europeia e mais 15 países, incluindo o Brasil. A pesquisa mostrou que, apesar da participação das mulheres na pesquisa estar aumentando, a desigualdade permanece quando falamos em resultados de publicações, citações, bolsas concedidas e colaborações. Em todos os países analisados, a porcentagem de mulheres que publicam internacionalmente é menor do que a de homens.
Muitas mulheres demonstram interesse pela área da ciência e estão começando a ocupar esses espaços, mesmo com a falta de reconhecimento pela sociedade e com muitas dificuldades.
As áreas em que a maioria das mulheres têm feito parte de pesquisas são: Ciências Biomédicas e da Saúde; Ciências da Vida e da Terra; Ciências Físicas e Engenharia, de acordo com o CWTS Leiden Ranking 2019.
Um exemplo de inspiração é a Érika Freitas, formada em Ciências Biológicas com ênfase em Genética Molecular, Doutora e Ph.D em Ciências Médicas com ênfase em Genética Humana e Molecular. Atualmente, ela atua como gerente executiva de dois laboratórios, Mendelics e meuDNA, em que a maior parte da equipe é formada por mulheres. Ela lembra que "diferente de outras áreas de pesquisas/ciências, nas biológicas temos a presença de muitas mulheres, mas elas acabam não ocupando posições de liderança. Eu como mulher e líder tento incentivar e inspirar que outras mulheres também busquem essas aspirações”.
Valorizar as mulheres desse campo é incentivar meninas a se interessarem mais e a seguirem carreiras na ciência, derrubando barreiras, como estereótipos e falta de acesso, que acabam impedindo-as de se verem como cientistas.
Sobre o meuDNA
O meuDNA é uma empresa de tecnologia fundada em 2019 que acredita que o conhecimento das bases genéticas deve estar ao alcance de todos, sendo o primeiro passo para decisões importantes em relação à saúde individual. O meuDNA é uma healthtech de mapeamento genético, que tornou acessível ao consumidor o teste genético mais avançado do país para cuidar da sua saúde e explorar suas origens.
É uma empresa parceira da Mendelics, laboratório pioneiro no uso de sequenciamento de DNA no Brasil, que conta com o maior banco de dados genéticos brasileiros.
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