“Quando meu pai morreu, saí do armário e me tornei escritora para contar nossa história e os ensinamentos dele. Vivenciei meu luto e hoje é uma saudade grande. Mesmo enfrentando a morte com uma atitude mais focada no legado, em dar orgulho para quem nos deixou, ainda tenho o número do meu pai gravado no celular e lembro dele com muito amor. Meu pai me ensinou que é importante viver com leveza, a pegar mais leve”, conta a escritora Liv Soban.

Numa época que não podemos fazer velórios e participar do enterro como o rito de passagem, por causa da pandemia, Liv acredita que as famílias podem fazer rituais de memória e lembrança que signifiquem esse luto. “Meu coração fica apertado quando penso que mais de 600 mil famílias não puderam prantear seus mortos. É importante que a morte não passe despercebida. No livro, tento passar esse conforto com o fechamento de superação com as memórias do meu pai”, conta.

O programa “Memórias para enfrentar a morte” com Liv Soban estreia dia 4 de novembro no Canal Angelini no YouTube e no Spotify.