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Série Lupin movimenta consumo e reitera potência do audiovisual

  • Sexta, 16 Julho 2021 11:18
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Victor Puia
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*Por Laura Barzotto

Hoje, o que mede o sucesso de um produto de entretenimento não é só o prestígio da audiência ou aclamação da crítica, mas também o seu impacto no comportamento de quem o consome e no mercado. Isso é bastante visível em produções audiovisuais e tem se confirmado a cada lançamento das plataformas de streaming.

Recentemente, tivemos mais um bom exemplo desse fenômeno, a série francesa “Lupin” (2021), da Netflix, cuja segunda temporada estreou no dia 11 de junho. A trama se passa em Paris e tem como protagonista Assane Diop (interpretado por Omar Sy), filho de senegaleses que deseja vingar a morte de seu pai, ex-motorista do empresário ricaço Hubert Pellegrini (Hervé Pierre), que morreu na cadeia após ser acusado de roubo injustamente .

Para atingir seu objetivo, Diop começa a aplicar uma série de golpes especificamente contra os mais endinheirados, inspirado pelas habilidades e técnicas do vigarista Arsène Lupin, famoso personagem da literatura de Maurice Leblanc.

Em apenas um mês de estreia da produção, ao longo de janeiro, as buscas na internet pelo título “Arsène Lupin e o Ladrão de Casacas”, obra clássica de Leblanc, tiveram aumento de 4.336% (dados da Decode). Foram 140 mil cópias vendidas na França e em países de língua francesa. Com a segunda temporada, outro título de Leblanc, “Arsène Lupin Contra Herlock Sholmes”, também teve crescimento de 2882% em suas buscas.

Além de uma espécie de relançamento de um produto que estava “esquecido”, outro efeito imediato da série foi a extensão do debate para outras referências. No Twitter, bombaram citações ao professor Remo Lupin, da saga Harry Potter - dispensa explicações -, e ao filme “Truque de Mestre”, cujo enredo tem similaridades com a história de Diop.

Mas o impacto nas buscas não ficou apenas no universo do entretenimento. Segundo o estudo da Decode, termos como “Senegal”, origem do protagonista, e “Nike Air Jordan”, modelo de tênis usado por ela durante várias cenas da série, tiveram um boom nas buscas. E aí já estamos falando dos efeitos em outros mercados.

Logo no primeiro episódio, Diop aparece usando um Air Jordan com as cores do Lakers, um dos maiores times do basquete americano. Em outros episódios ele usa o “Fearless” e o “Yellow Toe”, outros dois modelos famosos entre os sneakerheads, fãs obcecados pelo acessório. Segundo o site de moda Stylight, a procura pelo Air Jordan aumentou 460% após a estreia da série.

A ideia do product placement veio da parceria estratégica de Omar Sy com a Nike, que mirava novos públicos, principalmente aqueles inspirados pelo ator, que tem origem em bairros populares de Paris e ascendeu socialmente. Além disso, o protagonista tem traços de personalidade que se cruzam com os que a marca esportiva tenta transmitir no Air Jordan, como a coragem e a transgressão.

Toda essa bagagem de Omar, não à toa, ressoa em Assane Diop, trazendo uma camada social bem sutil para a série, que no geral é leve e “para toda a família”. Por exemplo, para executar seus golpes nos ricaços, Diop usa trajes de faxineiro ou entregador de comida como disfarce, aproveitando-se da desigualdade social como um ponto de invisibilidade.

Essa sutil crítica social embutida em uma peça de entretenimento “padrão Netflix” marca o momento do streaming, trazendo pautas relevantes discutidas pelos consumidores dentro e fora do ambiente digital, das quais as marcas não podem mais se distanciar.

Também vale observar que, em contraponto a essa camada social, faz parte da estratégia da série jogar com a identificação e o desejo de consumo que o charme e o luxo da alta classe francesa provoca na audiência. Isso mostra o alto valor da produção, o que reflete a potência que o streaming vem adquirindo frente a grandes players do mercado.

Lupin diverte, instiga, engaja e traz temáticas relevantes para a atualidade. É mais um exemplo de como o audiovisual não se limita apenas ao entretenimento, mas provoca mudanças reais nos hábitos de quem o consome. Um caminho sem volta para a indústria.


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