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Brasil transmitiu aos EUA a presidência da Plataforma para o Biofuturo, principal fórum internacional sobre bioenergia

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Regina Diniz
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O Secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do Itamaraty, embaixador Sarquis Sarquis, transmitiu a presidência da Plataforma para o Biofuturo aos EUA durante cerimônia de abertura da conferência virtual da iniciativa voltada à promoção da bioeconomia e bioenergia.

“Nos últimos cinco anos, logramos um progresso considerável na consolidação da Plataforma para o Biofuturo como o principal fórum internacional para promoção da bioeconomia sustentável como componente-chave da transição energética”, afirmou o embaixador Sarquis Sarquis, Secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do Itamaraty, ao transmitir ao governo dos EUA a presidência da coalizão internacional, que visa contribuir para a luta contra a mudança do clima por meio da aceleração da bioeconomia.

A passagem de bastão da presidência da Plataforma para o Biofuturo foi um dos marcos da abertura da conferência internacional Biofuture Summit II/Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference (BBEST) 2020-21. A conferência, organizada pelo governo brasileiro, através do Itamaraty, e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), com apoio da APEX-Brasil, reúne virtualmente representantes de governos, órgãos internacionais, setor empresarial e pesquisadores de mais de 30 países entre hoje e quarta-feira (26). Estão previstas mais de 150 sessões digitais em seus três dias de trabalho.

Na conferência, o Secretário Sarquis ressaltou que, em todas as projeções e cenários elaborados por agências internacionais, está claro que tanto a bioenergia de baixo carbono quanto a bioeconomia têm papel preponderante nos esforços mundiais para mitigar o risco de mudança climática. “A bioenergia e a bioeconomia são também setores intensivos em empregos, promovem o desenvolvimento, agregam valor à produção rural, contribuem para diversificar as fontes de energia e aumentam a segurança energética dos países que as desenvolvem”, afirmou.

Passagem de bastão

As regras de governança da Plataforma para o Biofuturo preveem um mandato rotativo para a presidência, e a partir de 1º de junho deste ano ela passa oficialmente do Brasil para os EUA, o que foi formalizado durante a cerimônia de abertura da Conferência. Essa mudança foi aprovada unanimemente pelos países membros e, segundo a diplomacia brasileira, traz fôlego e maturidade institucional à iniciativa.

O Vice-Secretário de Energia David Turk representou o governo dos EUA na cerimônia de abertura, que abriu a Conferência e sacramentou a passagem da presidência da Biofuturo. “Quero agradecer sinceramente ao Brasil pelo lançamento, liderança e condução da Plataforma para o Biofuturo. Desde seu lançamento, a Plataforma foi um instrumento chave à frente desse trabalho de colaboração multilateral”, afirmou Turk. “Os EUA estão entusiasmados em assumir a presidência da Biofuturo. Em consulta com o Brasil e os outros membros, nosso foco será em aceleração tecnológica, fomento à conformação de cadeias sustentáveis de biomassa, estímulo ao financiamento verde, e em forjar o consenso ambiental sobre o papel da biomassa como elemento chave da revolução tecnológica da energia limpa”.

Em um balanço da liderança brasileira à frente da coalizão internacional, o embaixador Sarquis resumiu: “a Biofuturo preencheu uma lacuna importante no debate internacional sobre transição energética e mudança do clima, pois quando a iniciativa foi lançada, a bioenergia era praticamente ignorada entre as soluções importantes”. Segundo ele, o Brasil, que tem de longe a matriz energética mais limpa entre as grandes economias do mundo, em boa parte graças à bioenergia, esteve bem posicionado para constituir e liderar esse esforço, ao qual continuará a dar apoio.

Entre as realizações da coalizão internacional sob a liderança brasileira, o Secretário Sarquis lembrou a Declaração da Visão do Biofuturo, o relatório Criando o Biofuturo, assim como os princípios assinados pelos governos participantes para a recuperação e aceleração da bioeconomia pós-Covid que, na prática, é um guia para programas de recuperação que visem tanto a criação de empregos quanto a preservação do meio ambiente. Sarquis também anunciou o lançamento de uma campanha internacional da Biofuturo, nos próximos dias, com o apoio do setor privado, focada no desafio de substituição de carbono oriundo de matérias primas fósseis por produtos da bioeconomia renovável.

Dentre as mais de 150 apresentações da conferência Biofuture Summit II / BBEST2020-21, o Secretário chamou a atenção para a importância do debate ao vivo, que ocorrerá amanhã (25) pela manhã, sobre os primeiros resultados e próximos passos para a “Planta Baixa de Políticas para Bioeconomia”, um trabalho em andamento da Plataforma para o Biofuturo. Segundo ele, o Brasil continuará a atuar para fortalecer a plataforma multilateral e a integrar o grupo central de cinco países que direcionam a iniciativa.

O Brasil está na presidência da Plataforma para o Biofuturo desde 2016, tendo concebido e liderado sua criação. Em 2019, a Agência Internacional de Energia (IEA), ligada à OCDE, assumiu a função de facilitador, o que ampliou o prestígio da iniciativa. Criada na COP 22, em 2016, a partir da intensa atuação da diplomacia brasileira, a Biofuturo congrega 20 governos - dentre eles Estados Unidos, China, Índia e Canadá, além de países do sudeste asiático, do Mercosul e representantes da comunidade europeia - e tem por finalidade difundir políticas de incentivo à geração de bioenergia e biocombustíveis.

O esforço brasileiro rendeu frutos estratégicos para o desenvolvimento do mercado internacional de biocombustíveis. Segundo o diplomata brasileiro Renato D. Godinho, encarregado da condução da presidência da Biofuturo até o momento, “o fato de que os EUA, sob administração Biden, tenham pleiteado assumir a presidência da Biofuturo é uma mostra da relevância e credibilidade internacionais que a iniciativa angariou sob a presidência brasileira, e abre caminho para reforçar ainda mais o trabalho da coalizão para inserir a bioenergia e a bioeconomia no centro do debate sobre transição energética e nas políticas de combate à mudança do clima”.

Sobre o Biofuture Summit II / BBest 2020-21: O Biofuture Summit é a principal conferência de debate e troca de experiências em políticas públicas promovida pela Plataforma para o Biofuturo. Para sua segunda edição, o Biofuture Summit — organizado pelo Ministério das Relações Exteriores, que conduz a presidência da Biofuturo — juntou-se à quarta edição da conferência científica Brazilian Bioenergy Science and Technology (BBest) — organizada pelo Programa de Pesquisa em Bioenergia da FAPESP —, para realizar um evento conjunto trazendo à luz o que há de mais avançado em políticas, financiamento, tecnologias, e ciência relacionadas à bioenergia e à bioeconomia em suas diversas formas. Participam do evento representantes de governos, órgãos internacionais, setor empresarial e pesquisadores de mais de 30 países. A Biofuture Summit II/BBEST2020-21 será totalmente online e acontece entre os dias 24 e 26 de maio. Mais informações acesse https://bbest-biofuture.org/

Sobre a Plataforma para o Biofuturo: A Plataforma para o Biofuturo é uma iniciativa intergovernamental, da qual participam várias partes interessadas. Foi projetada para agir pelas mudanças climáticas e apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com uma coordenação internacional pela promoção da bioeconomia sustentável de baixo carbono. Foi lançada em Marrakesh nas negociações climáticas da COP 22, em novembro de 2016. Desde 1º de fevereiro de 2019, a Agência Internacional de Energia (IEA) é o Facilitador (Secretariado) da iniciativa. A Plataforma para o Biofuturo tem vinte países membros: Argentina, Brasil, Canadá, China, Dinamarca, Egito, Finlândia, França, Índia, Indonésia, Itália, Marrocos, Moçambique, Holanda, Paraguai, Filipinas, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos e Uruguai. O governo Brasileiro, por intermédio do Ministério de Relações Exteriores, preside a iniciativa desde seu lançamento. Como uma iniciativa da qual participam múltiplas partes interessadas, várias organizações internacionais, universidades e associações do setor privado também estão envolvidas e engajadas na condição de parceiros oficiais. Para obter mais informações, visite: www.biofutureplatform.org.

Sobre o BIOEN: o BIOEN, Programa de Pesquisa em Bioenergia da FAPESP, visa articular pesquisa e desenvolvimento (P&D) entre entidades públicas e privadas, utilizando laboratórios acadêmicos e industriais para avançar e aplicar o conhecimento nas áreas relacionadas à bioenergia no Brasil. As pesquisas abrangem desde a produção e processamento de biomassa até tecnologias de biocombustíveis, biorrefinarias, sustentabilidade e impactos - http://bioenfapesp.org

Sobre a Apex-Brasil: A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para isso, a Apex-Brasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil. A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.


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