2018, uma grande oportunidade para avanços
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Larissa Peruccini
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Ainda enfrentando a maior crise nacional que impactou fortemente a economia brasileira e o mercado imobiliário nos últimos anos, é chegada a oportunidade da retomada – e 2018 tem tudo para ser nossa verdadeira chance de pavimentação deste caminho para a prosperidade. Todos os bons recentes indicadores econômicos já demonstram os importantes avanços e as empresas do setor estão lutando para se recuperar. Porém ainda pairam muitas incertezas e essa realidade só irá se confirmar, no entanto, se forem aprovadas e postas em prática o restante das reformas que o país tanto precisa, sendo a da Previdência a principal delas.
No que diz respeito à macroeconomia, vemos números animadores. Segundo os analistas a inflação caminha sob controle, num patamar próximo a 4%, no qual deve continuar. Isso possibilita que a taxa de juros mantenha sua tendência de baixa. As projeções para o fim deste ano são positivas e devemos ter reduções maiores para algo em torno de 6,25%. Outros fatores muito relevantes neste cenário são a queda no endividamento das famílias, a estabilização do índice de desemprego e as importantes reformas trabalhista, teto dos gastos e a nova TLP entre outras.
Os componentes fazem o mercado acreditar em um crescimento ao redor de 3% para o PIB para 2018. Depois de sucessivos anos de estagnação e recessão, este é um dado muito relevante, que se traduz diretamente no crescimento do número de unidades residenciais lançadas e vendidas em todo o país, sobretudo nas grandes cidades.
De acordo com um estudo encomendado pelo Secovi-SP e produzido pela Fundação Getúlio Vargas, existe uma demanda potencial de 1,3 milhões de unidades anuais até 2025. O Brasil possui hoje 12,2 milhões de famílias que pagam aluguel e eventualmente têm planos para adquirir um imóvel próprio. Já o déficit habitacional gira em torno de seis milhões de residências e, todos os anos, mais de um milhão de casamentos e 340 mil divórcios despertam o interesse em mais casas e apartamentos.
Mas para que o mercado aproveite todo este potencial, é imprescindível que haja instrumentos e recursos para financiamentos e crédito imobiliário a juros baixos. Esta situação passa essencialmente pela necessidade de se regularizar a LIG (Letra Imobiliária garantida) e viabilizar a equalização de capital da Caixa Econômica Federal, hoje cogitada por meio de um reforço oriundo do FGTS. É uma questão estrutural que deve ser resolvida sem perder de vista a relevância da CAIXA nesta atividade de crédito imobiliário, responsável direta pela produção de moradias, geração de empregos e de renda.
Mas cabe aqui um importante alerta para 2018: A atual prosperidade da economia global não deve camuflar a importância da continuidade dos ajustes fiscais domésticos emergenciais. O período eleitoral de 2018 deve ser visto por aqueles que vão postular a alguma cadeira, que a sociedade brasileira da fortes sinais de amadurecimento político e de que a esmagadora maioria dos eleitores saberá separar os populistas dos responsáveis e comprometidos com o futuro da nação.
O rebaixamento da nota de crédito do Brasil no começo deste ano, deixando a economia nacional em apenas um estágio acima do grau especulativo, foi uma séria advertência para o Legislativo, mostrando que a Reforma da Previdência não é só necessária, como é urgente. Mais do que tudo, é preciso que a classe política tenha consciência da importância de manter um ambiente fiscal saudável com gestão responsável dos gastos públicos, atraindo assim novos investimentos para o país.
Países como Grécia e Espanha demoraram muito para tomar ações de corte de gastos e de excessivos privilégios, e pagaram muito caro por isto. Será que exemplos como estes não são suficientes para nos fazer agir de forma diferente?
A continuidade dos bons ventos dependem muito destas reformas propostas e neste contexto, a retomada do setor imobiliário e de construção, terá fundamental papel no caminho da recuperação econômica do país e da qualidade de vida da população.
Por Rodrigo Luna, Presidente da FIABCI-BRASIL
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