MAPFRE Investimentos: momento no cenário macroeconômico é de cautela para concessões de crédito

Esta semana contará com a divulgação de indicadores relevantes. No front externo, o Banco Central Europeu tomará decisões de política monetária na União Europeia no próximo dia 26, inclusive o ritmo de redução das compras de ativos pela autoridade monetária. No dia 27, será divulgado qual o PIB da economia norte-americana, bem como o seu deflator no terceiro trimestre do ano. Internamente, espera-se que o Banco Central reduza a taxa básica de juros na quarta-feira, dia 25. A instituição também deve anunciar notas do setor externo e de operações de crédito da economia brasileira nos dias 26 e 27, respectivamente.

A expectativa para as operações de crédito para pessoas físicas é de continuidade na recuperação gradual. Pelo menos dois fatores reforçam essa hipótese. Primeiramente, nota-se uma parcela crescente de maturação de créditos imobiliários contratados no passado. Isso reduz o comprometimento da renda com o pagamento de dívidas e abre espaço para a novas contratações de crédito por parte das famílias. Em segundo lugar, há o efeito cumulativo das reduções de juros promovidas pelo Banco Central nos últimos 12 meses, ainda que compensado parcialmente pela alta do spread bancário.

Já no caso de pessoas jurídicas, não há a mesma expectativa para a recuperação das concessões de crédito. É verdade que essas também contam com o efeito cumulativo das reduções das taxas de juros nos últimos 12 meses, mas há três fatores que jogam contra a recuperação. Entre eles está a inadimplência elevada, próximo ao de pessoas físicas. Além disso, o processo de concentração bancária ocorrido nos últimos anos desfavorece o acesso de pequenas e médias empresas ao crédito bancário. Por fim, vale lembrar que as concessões de crédito do BNDES vêm se reduzindo neste ano, com destaque para as concessões para a indústria nacional.

É interessante notar que as reduções de crédito por parte do BNDES não derivam apenas da contenção da oferta de crédito por parte dessa instituição, mas também da menor demanda de crédito por parte das empresas. De fato, a relação entre desembolsos finais por parte do BNDES e as consultas iniciais ao banco por parte das empresas é hoje similar à de 2016. Ou seja, a redução das concessões de crédito do BNDES não resulta apenas da menor oferta por parte do banco, mas também da menor demanda por crédito das empresas. Isso é coerente com a ociosidade da capacidade produtiva, conforme apontado por indicadores de nível de utilização da capacidade instalada da indústria. Com base nesse fator, não devemos esperar retomada nas concessões de crédito às pessoas jurídicas até onde a vista alcança.

A aprovação do orçamento americano para o ano de 2018 gerou uma nova onda de otimismo no mercado externo. O entendimento é que este orçamento abre espaço para avançar a reforma tributária proposta pelo governo Trump. No mercado doméstico, o movimento foi de leve realização de lucros, com a Ibovespa apresentando queda de 0,78%. Segue no radar dos investidores a incerteza política sobre a segunda denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer. Com isso, o Dólar apresentou valorização de 1,51% frente ao Real, sendo cotado a R$ 3,1938.

O Ibovespa encerrou a semana em leve queda mesmo com o cenário externo abrindo espaço para novas altas. Pesa sobre o mercado a incerteza em relação à segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

Apesar de existir grande expectativa para que o resultado seja uma nova vitória do governo, os investidores seguem em compasso de espera. O destaque positivo ficou com as ações da B2W, com ganhos de 5,90%, em um movimento de recuperação frente a forte queda ocorrida na semana anterior após o anúncio da Amazon expandir suas operações no mercado brasileiro.

No mercado de renda fixa local, os indicadores de inflação e o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas vêm colocando uma grande dúvida nos investidores em relação ao patamar que a taxa SELIC encerrará no final do ciclo de queda. Outra dúvida é por quanto tempo a SELIC permanecerá no piso alcançado. Os destaques da semana foram: Jan18 queda de 8,3 pontos; Jan19 queda de 3 pontos; Jan21 queda de 5 pontos; Jan23 queda de 9 pontos; Jan25 queda de 12 pontos.

SOBRE A MAPFRE - No Brasil desde 1992, a MAPFRE é parte do grupo espanhol que forma uma das maiores empresas de prestação de serviços nos mercados segurador, financeiro, de saúde e pesquisa do mundo. Sólida e inovadora, está presente nos cinco continentes. Especialista nos segmentos em que atua, a MAPFRE opera com bases de negócios sustentáveis e é dividida em unidades de Investimentos, Consórcios, Capitalização, Previdência e Vida Resgatável, Saúde, Seguros (por meio do GRUPO Segurador Banco do Brasil e MAPFRE), Assistência e Pesquisa e Desenvolvimento (CESVI Brasil). A companhia ainda mantém a Fundación MAPFRE, instituição sem fins lucrativos, que promove e desenvolve atividades de interesse geral da população. Mais informações sobre produtos e soluções: www.mapfre.com.br.

A unidade MAPFRE Investimentos é especializada na gestão de fundos de investimentos que atendem aos segmentos de pessoa física, jurídica e institucional, totalizando hoje um volume superior a R$ 10 bilhões.

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