Debate sobre reforma do ensino médio promoveu aproximação com colégios do Rio de Janeiro
O consultor e professor da Escola, Francisco Borges.O professor Olivio Fregolente.
Na última quarta-feira, 12 de julho, a Escola Nacional de Seguros realizou a primeira reunião com coordenadores de escolas do ensino médio do Rio de Janeiro (RJ). O evento é uma das ações do programa de aproximação com alunos que vem sendo realizado pela diretoria de Ensino Superior da Escola.
Além do debate, a Instituição está participando de feiras de profissões e promovendo visitas a colégios da cidade, com o objetivo de apresentar a Escola, o mercado de seguros, e as oportunidades de carreira que o curso de Administração oferece.
Com a palestra “Análise e Discussão Sobre a Reforma do Ensino Médio” o evento debateu a proposta de reforma no ensino médio anunciada pelo governo federal em 2016, que gerou uma série de discussões em todo o País.
O encontro contou com a presença do diretor de Ensino Superior, Mario Pinto, do coordenador do Bacharelado em Administração, Edmundo Eutrópio; do coordenador do Tecnólogo em Gestão de Seguros, José Varanda; e de professores da Escola.
Segundo Mario Pinto, as mudanças terão impacto no futuro dos estudantes e quando ingressam nas universidades. “Este é o primeiro evento que fazemos envolvendo os coordenadores dos colégios, com temas que são tangenciais ao ensino médio e ao ensino superior. É muito importante discutir novas formas de conduzir o processo de aprendizagem, que está em constante mudança”, afirmou o diretor.
As mudanças consistem em novas diretrizes que flexibilizam o conteúdo ensinado aos alunos e mudam os formatos das disciplinas tradicionais, dando novo peso ao ensino técnico e incentivando a ampliação de escolas em tempo integral.
Entre as alterações, estão a divisão das disciplinas em cinco áreas de concentração, o aumento na carga horária e a instituição do inglês como disciplina obrigatória.
O consultor e professor da Escola Francisco Borges, afirmou que é muito importante que os educadores conheçam a legislação, pois o mercado está se colocando em um movimento que não é natural. Segundo Borges, investidores entraram no setor de educação e passaram a aplicar seus recursos no ensino médio. “Há uma verticalização e os investidores precisam cativar os estudantes e leva-los para o ensino superior”, disse.
A circunstância se confirma no fato de que apenas 46% das vagas oferecidas no ensino superior são ocupadas, tanto em instituições públicas quanto privadas. “O brasileiro não enxerga a educação como um fator de melhoria na qualidade de vida, mas sim no trabalho”, afirma Borges. Segundo o professor, a reforma veio para instalar a formação técnica e profissional nas instituições.
O professor Olivio Fregolente concorda com essa visão e afirma que a mudança está muito mais na forma de aprendizado do que na transmissão do conteúdo. Para ele, a reforma será instalada para melhorar a qualidade das escolas públicas, que serão as principais afetadas.
“Precisamos de uma reforma para melhorar o aprendizado, mas uma reforma engessada como a que está sendo proposta não irá adiantar”, disse Fregolente. De acordo com o professor, os docentes ainda não estão preparados e devem se adaptar às novas metodologias.
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