Crise política afeta trajetória da taxa Selic
CMN terá de fixar este mês a meta de inflação para 2019. Em debate, redução do centro da meta, hoje em 4,5%
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, destacou que o País não teve "oportunidade e ousadia" para reduzir a meta de inflação, acrescentando que, à frente da instituição, conduz seu trabalho de forma técnica e apartidária, independentemente da atual crise política enfrentada pelo Brasil.
Ele admitiu que, desde que a crise política atingiu o governo do presidente Michel Temer, ocorreu uma mudança na projeção de redução da taxa básica de juros, tendo em vista a expectativa de que haverá mais dificuldade para aprovar reformas estruturantes, sobretudo a da Previdência. "Continuo trabalhando da forma como comecei. Procuro ser o mais técnico possível. Não vou questionar se o cenário é melhor ou pior politicamente", disse Ilan, ao participar de evento em São Paulo, nesta segunda-feira.
A seu ver, sem as reformas, há a possibilidade de piora do quadro fiscal, algo que obrigaria o BC a ser mais duro na condução da política monetária. No momento, a Selic está em 10,25% ao ano.
Sobre o comportamento da inflação cada vez mais distante, desta vez para baixo, do centro da meta oficial- de 4,5% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos-, Ilan disse ainda que o país não conseguiu discutir reduzir o objetivo. Faltou "oportunidade e ousadia" para tanto, afirmou, sem entrar em detalhes, segundo reportagem da Reuters.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) terá de fixar este mês a meta de inflação para 2019 e há quem defenda algo abaixo de 4,5%. Em 12 meses, a inflação tem rodado abaixo de 4%, abrindo espaço para esse movimento.
-----------------------------------------------------------------------------------------
Segs.com.br valoriza o consumidor e o corretor de seguros
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>