51% das idas ao Pronto Socorro poderiam ser evitadas por orientação médica especializada por telefone, aponta estudo
Estudo da Advance Medical Group, multinacional espanhola líder global em gestão de saúde populacional corporativa, concluiu que até 51% das idas ao Pronto Socorro poderiam ser solucionadas por plataformas de orientação médica especializada, em geral acionadas em um primeiro contato por telefone.
No Brasil estudo analisou uma população formada por 180 mil vidas entre colaboradores e dependentes de dezenas de empresa e concluiu que muitos dos problemas mais frequentes apresentados nos serviços de urgência poderiam ser resolvidos de forma mais ágil e eficaz por meio de triagem e identificação dos cuidados corretos, por vezes dentro de casa, desde que haja a orientação médica adequada.
Entre as cinco causas mais frequentes entre as pessoas que buscam o Pronto Socorro estão gripes e resfriados, dor de cabeça, febre e dores nas costas. De acordo com o diretor executivo da Advance no Brasil, o médico Caio Soares, se adotada maciçamente pelas companhias brasileiras, a oferta deste serviço aos funcionários e seus dependentes pode gerar uma economia superior a R$10 bilhões por ano.
“Nosso levantamento demonstrou que as despesas geradas por acesso a serviços de Pronto Atendimento custaram R$22,2 bilhões em 2016 às corporações brasileiras. Identificamos também que estas despesas respondem por 15% das despesas totais em saúde”, afirma. Ainda de acordo com Soares, se as previsões do Instituto Nacional de Saúde Suplementar se confirmarem, em 2017 podem chegar a R$ 27 bilhões, apresentado crescimento estimado em 20%, com base na inflação médica no país.
“Identificar e monitorar a situação adequada para se fazer uma visita ao PS é uma das questões de sobrevivência dos sistemas de saúde público e também do privado, além de ter alto impacto na saúde do indivíduo. Nem sempre procurar o Pronto Socorro é a melhor indicação para o paciente. ”, analisa Soares.
Usar racionalmente o Pronto Socorro como recurso não se trata apenas de uma questão de controle de custos. “Identificar a situação adequada para se fazer uma visita ao PS pode ter alto impacto na saúde do indivíduo. Não é raro a pessoa chegar ao Pronto socorro com um problema de saúde, muitas vezes não complexo, e sair de lá com um novo problema. Trata-se de um ambiente insalubre, em especial para idosos e crianças”, complementa.
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