FGTS – As 4 letrinhas da hora
Confira o artigo do consultor financeiro Álvaro Modernell
Quem diria! Uma medida do governo que agradou a todos. Revirei a memória, dei uma navegada na web e é realmente difícil, encontrar nas manchetes dos jornais das últimas décadas alguma medida tão bem aceita como essa, da liberação para saque de recursos de contas inativas do FGTS. Grande sacada! Com o perdão do trocadilho.
Primeiro, e principalmente, é bom para os trabalhadores contemplados, trinta milhões de brasileiros, segundo o governo, e alcance indireto de quase cem milhões de pessoas, contando familiares próximos. Grana extra é sempre boa. Imagina para quem está desempregado... Vai ser como oxigênio para quem está no fundo do mar, ou do poço, como muitos se sentem nessa situação.
É bom para o comércio. Quem não tem dívidas vai consumir com parte dos recursos. Endividados poderão regularizar a situação, limpar o nome e voltar a consumir. É bom para quem trabalha no comércio, um pouco de gás para enfrentar a crise, aumentar as comissões e diminuir o risco de desemprego. Bom para o governo. Vai arrecadar mais, desviar o foco de outros assuntos e ainda melhorar sua imagem. Bom pra todos, então é bom para o Brasil.
Quem está nessa turma, não se iluda e não se descuide. Estão todos de olho nessa grana. Decida você, antes, e com calma, o que vai fazer com a sua parte.
Antes de decidir, lembre-se: essa grana pintou de maneira inesperada, e não pode ser esperada novamente. Não vai se repetir. Então, a pior escolha seria usá-la como entrada na compra de algo que deixaria um rastro de dívida.
Falando nelas, quem tiver alguma, não deve ter dúvida, grana do FGTS pra cima delas, seja para quitar, para renegociar ou para dar uma aliviada na barra.
Aqueles que não estão endividados podem respirar fundo, ter a garantia de que seu tempo de serviço precisa ser intercalado com tempo de lazer, de alegria e de expectativas.
O que fazer com esse dinheiro? Que tal dividir em quatro partes, assim como são quatro as letras dessa sigla que está sacudindo as finanças pessoais e do país?
Uma parte para celebrar, consumir, gastar com prazer, pelo simples prazer de estar com as contas em dia, sem precisar dessa grana para tirar o pai da forca.
Uma parte para tentar realizar algum sonho mais difícil, quem sabe tentando num título de capitalização, torcendo para que a sorte bata à sua porta. Mesmo que não bata, vai haver nova oportunidade para usar a grana, à época de resgate.
Uma parte para reforçar investimentos, de preferência visando o futuro ou relacionado a algum objetivo já existente.
A quarta parte, não ouça ninguém além do seu coração. Afinal, são tão poucos os que estão nessa situação de independência, com as contas pagas, que merecem se dar o luxo de escolher por conta própria, sem o agouro de credores ou a sinfonia repetida de consultores.
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