Crédito com previdência e capitalização soma R$ 1 bilhão na Núclea

A plataforma da Núclea para uso de produtos de previdência e títulos de capitalização como garantia de crédito alcançou R$ 1 bilhão em registros de contratos em apenas um mês de operação. As informações são do Valor Econômico, que acompanhou o início do funcionamento do sistema no mercado financeiro.

Segundo dados publicados pelo jornal, a iniciativa começou a operar no início de novembro, após a regulamentação que autorizou o uso de produtos de previdência, seguros e capitalização como colaterais em operações de crédito. A norma foi publicada em setembro do ano passado por meio de uma resolução conjunta do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

De acordo com o Valor Econômico, a Núclea estima que o novo mecanismo tenha potencial para liberar até R$ 1 trilhão em garantias no sistema financeiro, à medida que mais instituições financeiras passem a utilizar a infraestrutura.

O funcionamento do modelo depende do consentimento do cliente. Por meio do sistema da Núclea, a instituição financeira pode consultar os produtos de previdência e títulos de capitalização disponíveis. Quando o crédito é contratado, o banco solicita à seguradora o bloqueio do ativo utilizado como colateral, que só poderá ser resgatado após a quitação integral das parcelas, conforme detalhado pelo Valor Econômico.

Ainda segundo o jornal, o sistema foi inicialmente adotado por instituições que já utilizavam esse tipo de estrutura internamente. Com a entrada em operação da plataforma, essas empresas passaram a consultar também recursos mantidos em outras instituições financeiras, ampliando o alcance do modelo.

“Quem priorizou a entrada em operação foram as instituições que já faziam isso dentro de casa, e o que a gente tem visto agora é que elas agora estão começando a olhar para recursos que estão em outros bancos”, disse Rodrigo Furiato, vice-presidente de negócios da Núclea.

Para o mercado de seguros e previdência, a iniciativa amplia o uso desses produtos, que passam a ter papel adicional como instrumentos de garantia em operações de crédito, fortalecendo a integração entre os setores financeiro e segurador.