Saúde corporativa: o erro mais comum cometido pelas empresas
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Pollyana Reyes
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*Por Murilo Wadt, cofundador e diretor-geral da HealthBit
Nos últimos anos, falar de saúde corporativa virou tendência. CEOs e diretores de RH já entenderam que o tema impacta diretamente produtividade, engajamento e resultados. Surgiram campanhas internas, palestras motivacionais, murais digitais, newsletters, benefícios novos. Tudo muito bem-intencionado.
Mas há um problema: boa parte desse movimento se sustenta mais no discurso do que em estratégia. E esse é, na minha visão, o maior erro das empresas hoje.
O equívoco que custa caro: comunicação sem conexão com a realidade
Muita gente trata saúde corporativa como um catálogo de benefícios. Plano médico? Temos. Check-up anual? Também. Convênio com academia? Claro.
Só que saúde não é lista de supermercado — é complexidade. Cada colaborador carrega um histórico, um contexto familiar, riscos específicos, desafios emocionais distintos. Ignorar isso em nome de uma comunicação genérica é transformar um tema vital em ruído institucional.
Os dados mostram esse distanciamento: o RAND Employer Survey (2014) aponta que apenas 20% a 40% dos trabalhadores participam de programas de bem-estar corporativo, mesmo quando há incentivo financeiro. Se o colaborador não se vê no discurso, ele simplesmente não engaja. E quando a empresa fala, mas ninguém escuta, os custos invisíveis crescem: absenteísmo, presenteísmo, turnover e sinistralidade.
O que realmente funciona — e por que tão pouca gente faz
Se queremos tratar saúde corporativa como estratégia, precisamos inverter a lógica.
1. Começar pelos dados, não pelo slogan
As empresas precisam mapear indicadores reais: absenteísmo, perfil de uso do plano, riscos ocupacionais, fatores psicossociais. Não é glamour — é base. Quem usa analytics reduz desperdícios e, principalmente, consegue atuar antes que problemas de saúde se tornem crises.
2. Comunicar com propósito, não para cumprir calendário
Campanha anual não resolve nada. Comunicação de saúde exige ritmo, clareza e segmentação. Pessoas diferentes precisam de mensagens diferentes.
3. Personalizar a jornada
O maior diferencial não está no benefício em si, mas em como ele se conecta com o que cada pessoa realmente precisa. Saúde corporativa só existe quando o colaborador se reconhece na proposta.
4. Medir impacto — e parar de confundir adesão com sucesso
Contar quantos participaram é fácil. Medir ROI, evolução clínica e impacto em indicadores de bem-estar é o que realmente importa. Segundo estudo da Avalere Health (2022), programas corporativos de saúde e bem-estar podem gerar até 47% de retorno financeiro para empresas com mais de 100 colaboradores, impulsionados principalmente por produtividade e redução de custos médicos. Isso não se faz no escuro.
O verdadeiro erro
O maior erro das empresas ao falar de saúde corporativa é acreditar que discursos inspiradores, cartazes criativos e pacotes prontos resolvem. Não resolvem. Saúde precisa ser tratada como estratégia: baseada em dados, personalizada e, acima de tudo, mensurada.
Quando o discurso finalmente se conecta com a prática, o ganho não é apenas financeiro. As empresas constroem confiança, fortalecem a cultura e criam ambientes onde as pessoas — e, consequentemente, os resultados — prosperam.
Sobre Murilo Wadt
Murilo Wadt é cofundador e diretor geral da HealthBit, consultoria estratégica em gestão de saúde corporativa que integra as soluções B2B da RD Saúde. Graduado em Programação pelo Colégio Técnico de Campinas (COTUCA - UNICAMP) e em Economia pela USP, Murilo também possui formação executiva pela European Business School Universität (Alemanha) e por Harvard. Encontrou na saúde seu propósito: unir tecnologia e estratégia para transformar o bem-estar corporativo. Na HealthBit, lidera o desenvolvimento de novos produtos e a gestão de contas-chave com mais de 20.000 vidas, impactando 1,8 milhão de vidas no Brasil, consolidando processos de inovação e vendas no setor de saúde.
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