Seis passos para mudar de carreira ou de rumo profissional em 2026
Não minimizar o incômodo, criar uma reserva financeira e pedir apoio são algumas das ações para colocar em prática as transformações
Mudar de carreira não é uma decisão repentina. É um processo, às vezes silencioso, às vezes urgente, que começa muito antes da primeira grande ação. Depois de viver a própria transição e acompanhar diversos profissionais no mesmo caminho, a mentora de carreiras Renata Seldin percebeu um padrão claro: existem seis movimentos que fazem da mudança algo possível, leve e estruturado. Aqui estão eles:
1) Escute o incômodo sem minimizar
Toda transição começa com uma frase interna: "Isso já não combina comigo". Pode ser sutil: cansaço persistente, desinteresse, perda de energia, ou pode ser explícito: um limite ultrapassado, um desalinhamento ético, a sensação de que você se encolheu demais. O primeiro passo é não empurrar isso para debaixo do tapete. Reconheça o incômodo.
2) Faça um inventário honesto da sua vida profissional
Antes de pensar em futuro, é preciso entender o passado e o presente. Pergunte-se: o que na minha trajetória me fortaleceu? O que me drenou silenciosamente? Em que momentos eu fui mais eu? Que habilidades continuam vivas em mim? Que partes eu já deveria ter deixado para trás? Esse inventário é a base para a clareza, e ele ajuda a achar a direção.
3) Mapeie sua energia (não só seu currículo)
Toda carreira se sustenta não apenas em competências, mas em energia. Observe: O que te acende? O que te exaure? O que te devolve vida? O que te consome além da conta? Transições sólidas acontecem quando você deixa de trabalhar contra você e passa a trabalhar a favor da sua energia e do que o faz feliz.
4) Crie uma reserva financeira (mesmo que pequena)
Esse passo é subestimado, mas decisivo. Não é sobre acumular grandes quantias. É sobre criar folga emocional e prática para pensar com calma, escolher com segurança e não aceitar qualquer coisa que apareça, muito menos decidir por pânico. Uma reserva financeira simbólica já muda tudo, pois proporciona tempo, reduz ansiedade, devolve autonomia, protege você de ambientes tóxicos e abre espaço para experimentação. Transição não é ousadia, nem impulso. É estratégia.
5) Teste caminhos antes de se comprometer
Não precisa largar tudo ou se reinventar de uma vez só. Experimente: projetos paralelos, cursos curtos, conversas com pessoas da área, pequenos testes de habilidades, voluntariado estratégico, mentorias exploratórias e protótipos de novas funções. O maior erro de quem muda de carreira é dar um salto no escuro e trocar uma situação ruim por outra pior. Você não precisa adivinhar: pode testar.
6) Peça ajuda — ninguém muda sozinho
A transição pode ser confusa, cansativa e até solitária. E é justamente por isso que ter um espaço seguro, estruturado e contínuo é tão transformador. Esse espaço serve para você pensar sobre si mesmo sem pressa, ganhar clareza sem julgamento, organizar seu plano de ação e suas finanças, entender seus medos, acompanhar seu tempo real de mudança, criar novas narrativas para sua carreira e reconstruir sua identidade profissional.
*Renata Seldin é mentora de carreira com mais de duas décadas de experiência na área executiva.
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