Vida e Previdência: por que 2026 será um ano decisivo para o planejamento financeiro (Destaque)
Economia, reforma previdenciária e longevidade reposicionam decisões de longo prazo
Josusmar Sousa é corretor de seguros, CEO da Mister Líber Corretora de Seguros, membro do Conselho de Ex-presidentes (Past President Council) conselheiro e representante da companhia (Company Chair) Porto Seguro na MDRT (Million Dollar Round Table), associação internacional que reúne profissionais de sucesso em seguro de vida.
O ano de 2025 foi marcado por uma contradição relevante no mercado brasileiro de Vida e Previdência. Ao mesmo tempo em que a instabilidade econômica, o envelhecimento da população e as mudanças nas regras da Previdência Social reforçaram a necessidade de planejamento de longo prazo, os números do setor indicaram desaceleração. Esse cenário evidencia que o desafio não está na falta de soluções, mas na decisão de agir antes que o tempo se torne um fator limitante.
De janeiro a outubro de 2025, os prêmios e contribuições aplicados em planos de previdência somaram R$ 134,2 bilhões, uma retração de 18,6% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da Fenaprevi. O dado acende um alerta importante: apesar da crescente demanda por segurança financeira, muitos brasileiros ainda postergam decisões essenciais sobre aposentadoria e proteção patrimonial.
As mudanças nas regras da Previdência Social tiveram como principal marco a Reforma da Previdência, aprovada em 2019. A partir dela, passaram a valer exigências mais rígidas, como idade mínima para aposentadoria, novo cálculo dos benefícios (que passou a considerar 100% das contribuições) e o fim da aposentadoria apenas por tempo de contribuição. Na prática, a reforma reduziu a taxa de reposição da renda paga pelo INSS e deixou claro que o sistema público tende a garantir apenas um benefício básico, reforçando a necessidade de planejamento complementar para quem deseja manter o padrão de vida no longo prazo.
2026 como ponto de inflexão para o planejamento financeiro
A chegada de 2026 representa uma oportunidade concreta de mudança de mentalidade. Em um ambiente de maior incerteza econômica, pressão fiscal e expectativa de benefícios públicos menores no futuro, a previdência privada se consolida como uma das alternativas mais eficientes para acumulação de recursos, organização patrimonial e proteção da renda na aposentadoria.
O mercado de previdência evoluiu de forma significativa nos últimos anos. As taxas médias diminuíram, a gestão dos fundos se tornou mais qualificada e surgiram estratégias mais eficientes, adequadas a diferentes perfis de investidores. Previdência deixou de ser um produto engessado e passou a ocupar papel estratégico dentro do planejamento financeiro, tributário e sucessório.
Outro ponto que exige atenção a partir de 2026 é a tributação. A nova incidência de IOF sobre aportes elevados reforça a importância de organização, previsibilidade e orientação especializada para estruturar os investimentos de forma eficiente ao longo do tempo.
O tempo como maior aliado da previdência
Independentemente de cenário econômico, nível da taxa de juros ou modelo de plano, o fator mais determinante para uma aposentadoria tranquila continua sendo o tempo. Os juros compostos atuam de forma silenciosa, porém extremamente poderosa, a favor de quem inicia cedo e mantém disciplina nos aportes.
Um investidor que começa hoje a aplicar R$ 500 por mês, com retorno médio de 10% ao ano, pode acumular aproximadamente R$ 1,13 milhão em 30 anos. Se essa decisão for adiada por apenas cinco anos, mantendo o mesmo valor mensal e a mesma rentabilidade, o montante final cai para cerca de R$ 663 mil. A diferença ultrapassa R$ 467 mil e evidencia o custo real da postergação.
Esse exemplo mostra que, na previdência, consistência e tempo valem mais do que grandes aportes pontuais. Quem inicia agora oferece ao próprio patrimônio a oportunidade de crescer de maneira exponencial ao longo das próximas décadas.
Entre os erros mais comuns no planejamento previdenciário está a escolha de produtos inadequados. Planos com taxa de carregamento, por exemplo, são considerados ultrapassados e prejudiciais à acumulação no longo prazo. Já a taxa de administração deve ser analisada com critério: fundos baratos, mas mal geridos, tendem a comprometer o resultado final.
A escolha entre PGBL e VGBL também é decisiva. O PGBL costuma ser mais eficiente para quem declara o Imposto de Renda no modelo completo e contribui ao INSS, pois permite a dedução de até 12% da renda anual tributável. Já o VGBL é mais indicado para quem utiliza a declaração simplificada ou não possui renda tributável suficiente para aproveitar esse benefício.
Não existe um plano universalmente melhor. Existe o plano mais adequado à realidade fiscal, patrimonial e aos objetivos de cada investidor. Em um cenário de maior volatilidade e expectativa de mudanças no ciclo de juros, diversificação e enquadramento tributário correto tornam-se ainda mais relevantes.
Vida e Previdência como pilares de proteção e continuidade
Além da acumulação de recursos, os seguros de Vida e os planos de Previdência assumem papel estratégico na proteção familiar, na sucessão patrimonial e na organização financeira. Eles oferecem liquidez imediata, previsibilidade e segurança em momentos críticos, além de eficiência na transferência de recursos aos beneficiários.
O que 2025 nos ensinou é que o mercado está preparado e dispõe de boas soluções. O que 2026 exige é decisão. Planejar o futuro deixou de ser uma alternativa e se tornou uma necessidade. Quanto antes esse movimento começa, maiores são as chances de garantir autonomia, tranquilidade e qualidade de vida no longo prazo.
Na Mister Líber, acreditamos que o papel do corretor vai muito além da oferta de produtos. É sobre orientar, traduzir cenários complexos e ajudar cada cliente a construir um futuro financeiramente sustentável, com estratégia, clareza e visão de longo prazo.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>