Setor de eventos em alerta: reforço estrutural e mudanças climáticas ampliam a necessidade de seguro de acidentes pessoais
Rogério Pansera, vice-presidente
Setor de eventos sob alerta: reforço estrutural e mudanças climáticas ampliam a necessidade de seguros de acidentes pessoais
A sucessão de incidentes recentes envolvendo estruturas de eventos esportivos e culturais reacendeu a discussão sobre a importância de coberturas securitárias específicas para proteger artistas, equipes técnicas e o público. Em Ribeirão Preto (SP), a queda da cobertura de uma arquibancada durante uma ventania deixou nove pessoas feridas em um torneio de beach tennis. Dias depois, em Cuiabá (MT), rajadas de vento derrubaram parte da estrutura metálica de um setor do Autódromo Internacional, atingindo carros e provocando correria entre o público. Embora ambos os episódios tenham registrado atendimento rápido e controle da situação, eles evidenciam o quanto o setor depende de planejamento de risco e de seguros adequados.
Para Rogério Pansera, vice-presidente da Pansera Corretora de Seguros, episódios como esses devem funcionar como alerta e não como exceção. Segundo ele, “eventos, independentemente do porte, envolvem pessoas, e onde há grandes estruturas, há exposição ao imprevisto. O seguro de acidentes pessoais para eventos existe justamente para oferecer amparo imediato em situações extremas. Ele não é apenas uma formalidade contratual; é uma responsabilidade humana”.
Pansera explica que profissionais envolvidos em performances, atividades esportivas, montagens ou operações técnicas estão constantemente expostos a riscos operacionais que vão muito além das questões meteorológicas. “Mesmo com protocolos rígidos, algo pode sair do controle. Por isso, o seguro não é opcional. Ele garante que, em caso de acidente, a família ou os dependentes daquele profissional recebam suporte financeiro mínimo enquanto lidam com a situação , sempre observados os eventos garantidos pelas condições gerais e riscos cobertos da apólice.”
Outro ponto essencial no planejamento de risco é o seguro de responsabilidade civil. Rogério destaca que ele complementa a proteção ao cobrir danos causados a terceiros — como espectadores, fornecedores ou equipes de apoio. “A cadeia de responsabilidade em um evento é extensa. Há produtores, patrocinadores, empresas contratadas e operadores locais. O seguro organiza essa responsabilidade e traz previsibilidade financeira caso algo ocorra”, afirma.
Diante de cenários climáticos instáveis, estruturas temporárias exigem ainda mais rigor técnico. As variáveis, incluindo tipo de espetáculo, tempo de duração, quantidade de público e complexidade das montagens, influenciam diretamente na cobertura necessária. Por isso, Pansera reforça a importância de contratar corretoras especializadas em gestão de risco para eventos. “Cada formato exige uma análise própria. Uma cobertura mal dimensionada deixa brechas e coloca vidas em vulnerabilidade.”
Apesar de muitos organizadores enxergarem o seguro como um custo adicional, o executivo lembra que a realidade é o oposto. “O impacto humano de um acidente não tem reparo. Mas o financeiro, sim. Sem seguro, famílias podem ficar totalmente desamparadas e empresas correm o risco de falir. Com seguro, ao menos existe uma rede mínima de proteção.”
Com o crescimento do setor e o retorno de grandes produções, a procura por apólices de acidentes pessoais e responsabilidade civil aumentou. Para Pansera, essa conscientização é fundamental para o amadurecimento do mercado. “O seguro não impede que o imprevisto aconteça. Mas ele garante dignidade depois dele. E, em eventos, essa deve ser a prioridade absoluta”, conclui.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>