Entre o medo e o movimento: o novo papel do RH na era da IA
*Robson Campos, diretor de produtos e negócios para RH da TOTVS
A inteligência artificial vem provocando uma das transformações mais profundas do mercado de trabalho das últimas décadas. Hoje, ela já não é mais uma promessa distante, mas ocupa um espaço central nas discussões sobre o futuro do trabalho, afinal, é capaz de mudar profundamente as formas de produzir, decidir e se relacionar no mercado de trabalho. Ainda não sabemos com clareza todos os impactos e consequências dessa mudança — e talvez levemos anos para compreender sua real dimensão —, mas uma coisa é certa: ficar passivo não é o caminho. Mais do que esperar pelos efeitos da IA, é preciso se movimentar agora, aprendendo, experimentando e se capacitando.
Nesse cenário, o papel do RH é determinante. Cabe à área ser o agente de mudança que viabiliza a evolução das pessoas, dos processos e da cultura, preparando a organização para capturar as oportunidades trazidas pela inteligência artificial. Mais do que atuar sobre sua própria estrutura, o RH precisa irradiar conhecimento e direcionamento para toda a empresa, ajudando profissionais a compreender como a IA pode potencializar seu desempenho e, consequentemente, impulsionar os resultados do negócio. Esse protagonismo é, inclusive, um papel social: desenvolver pessoas é desenvolver a força que move o país.
Por isso, ao invés de canalizar a atenção para o medo da substituição do ser humano pela IA, é mais produtivo e valioso pensar na substituição do humano pelo humano capacitado a usar IA. O verdadeiro risco não está na tecnologia em si, mas em deixar de desenvolver pessoas para que possam aproveitar as oportunidades que ela oferece: oportunidades de se tornarem mais produtivas, inovadoras e competitivas.
Para responder aos desafios dessa nova era, o RH precisa focar seus esforços em um tripé essencial:
- Processos: compreender como a tecnologia impacta e aprimora os fluxos de trabalho, automatizando tarefas operacionais e liberando tempo para que as pessoas foquem em atividades mais estratégicas.
- Capacidades: investir no desenvolvimento de competências e habilidades humanas que complementem a IA, promovendo programas de capacitação e apoiando as lideranças nesse processo de transformação junto às equipes.
- Cultura: estar atento às mudanças comportamentais exigidas pela nova era da inteligência artificial, garantindo que seu uso seja orientado por propósito, ética, governança, segurança e colaboração.
Na TOTVS, por exemplo, acreditamos que o futuro do trabalho está na soma entre inteligência humana (IH) e inteligência artificial (IA). Entendemos que o diferencial está justamente nessa combinação: em como usamos dados e tecnologia para impulsionar resultados mais inteligentes e eficientes, sem perder o olhar humano que orienta cada decisão.
A IA não é uma ameaça, mas um convite à evolução. As empresas que compreenderem isso primeiro sairão na frente. E neste contexto, o papel do RH é garantir que as pessoas estejam preparadas para essa nova realidade e que possam ser, elas mesmas, as protagonistas dessa transformação.
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