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Burnout-insônia cresce no fim do ano e desafia o bem-estar corporativo

Pesquisas apontam relação entre exaustão e noites mal dormidas; especialista defende ajustes na gestão e no ritmo de trabalho

A sobrecarga típica do fim do ano — marcada por metas a cumprir, fechamento de projetos e avaliações de desempenho — tem elevado o nível de exaustão entre profissionais. Dados recentes indicam que o burnout, reconhecido pela OMS como a doença ocupacional, tem crescido no país e tende a se intensificar nos meses finais do calendário.

Entre 2014 e 2024, o SUS registrou 1.458 notificações da síndrome, de acordo com a Revista Brasileira de Medicina do Trabalho (RBMT). No INSS, os afastamentos aumentaram 136% entre 2019 e 2023. As mulheres concentram 71,6% das notificações, sobretudo na faixa dos 35 aos 49 anos.

O aumento do burnout tem sido acompanhado por um fator crítico: alterações no sono. Estudos do Instituto do Sono e da RBMT indicam forte correlação entre despertares noturnos e exaustão emocional. Uma pesquisa conduzida no Peru, publicada na Vive Salud, reforça que menos de sete horas de sono aumentam significativamente o risco da síndrome.

Pressão anual e queda na recuperação fisiológica

Segundo Sara Giampá, pesquisadora científica da Biologix, healthtech que desenvolve soluções em saúde do sono, o fim do ano reúne três estressores principais que impactam a saúde do sono:

- Sobrecarga operacional: picos de demanda, planejamento do ano seguinte e entregas simultâneas intensificam a carga cognitiva e mantêm o organismo em estado de hiperativação.

- Redução do tempo de recuperação: agendas cheias, eventos sociais e jornadas prolongadas diminuem o tempo disponível para descanso, comprometendo a recuperação natural do organismo.

- Pressão emocional: expectativas de “encerrar o ano bem” aumentam a autocobrança e intensificam a resposta ao estresse, dificultando a desaceleração necessária para uma boa noite de sono.

O efeito combinado compromete funções como foco, tomada de decisão e gestão de conflitos. “O sono é um regulador fisiológico. Quando ele é interrompido por longos períodos, o organismo entra em estado de alerta contínuo, dificultando os processos de recuperação. Isso compromete a produtividade e o equilíbrio emocional, por isso tantas equipes chegam ao fim do ano esgotadas”, aponta Giampá.

Liderança e RH: o que as empresas podem fazer

Para mitigar os picos de exaustão, a especialista reforça que as empresas devem rever ciclos de trabalho, incorporando à cultura organizacional a gestão de carga, a promoção da saúde mental e a educação sobre o sono. As recomendações incluem:

- Estabelecer ciclos de trabalho que prevejam pausas estratégicas;

- Evitar concentrações excessivas de entregas no mesmo período;

- Ampliar a autonomia das equipes para organizar rotinas;

- Oferecer workshops sobre saúde do sono e gerenciamento de estresse;

- Monitorar indicadores de exaustão e absenteísmo.

“Equipes que descansam melhor tomam decisões mais assertivas, têm menos conflitos e mantêm maior engajamento”, afirma Giampá. Para ela, incluir o descanso nas políticas de RH tende a ganhar força em 2026. "Reconhecer que o fim do ano exige ajustes no ritmo de trabalho — e incorporar isso à gestão — será decisivo para manter a performance no próximo ciclo".


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