Indústria da Amazônia acelera transformação digital para manter competitividade
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Aryane Costa
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Com mais de 600 indústrias de alta tecnologia, a Zona Franca de Manaus aposta em inovação e digitalização para unir produção e floresta na era da Indústria 4.0
Mesmo com o Brasil ainda atrás no ranking global de inovação, o Polo Industrial de Manaus aposta em tecnologia, qualificação e P&D para elevar produtividade e sustentabilidade
Para debater tecnologia, sustentabilidade e competitividade, o “I Fórum de Inovação na Indústria”, promovido pelo CIEAM, reunirá especialistas e líderes para propor caminhos práticos para a transformação digital do setor produtivo amazônico
Nos últimos anos, o Polo Industrial de Manaus (PIM) vem incorporando tecnologias da Indústria 4.0, como automação avançada, sensores inteligentes, inteligência artificial e digitalização completa de processos produtivos. Essa transformação vem sendo impulsionada pela necessidade de aumentar produtividade, reduzir custos, fortalecer a competitividade internacional e diversificar a base industrial da ZFM. Agora, o desafio é acelerar ainda mais essa transição, e as indústrias da região reconhecem que a próxima década exigirá investimentos contínuos em tecnologia, inovação e qualificação profissional.
Na próxima terça-feira, dia 18, o CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) promoverá o “I Fórum de Inovação na Indústria”, iniciativa que inaugura um novo capítulo na evolução tecnológica da Zona Franca de Manaus e posiciona a Amazônia como um dos ecossistemas mais promissores para a Indústria 4.0 no país. O encontro, que será realizado em Manaus (AM), reunirá empresas, institutos de tecnologia, governo e academia para discutir como a inovação pode ampliar a competitividade e impulsionar a transformação digital do setor produtivo amazônico.
De acordo com levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria), 7 em cada 10 indústrias brasileiras já iniciaram algum processo de digitalização, mas apenas 23% atingiram estágio avançado de transformação digital. No Brasil, segundo estudo da McKinsey, apenas 15% das empresas industriais utilizam inteligência artificial em escala, número inferior à média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Na região Norte, o desafio é ainda maior devido à menor oferta de mão de obra especializada e ao ritmo desigual de acesso a tecnologias emergentes.
“A Amazônia pode ser o grande laboratório da inovação industrial sustentável no Brasil. A combinação entre biodiversidade, incentivos fiscais e uma base industrial robusta cria um ambiente único para o desenvolvimento tecnológico. O que falta é acelerar a integração entre tecnologia, pesquisa aplicada e conhecimento”, destaca Mariana Reis Barrella, conselheira e coordenadora da Comissão de Inovação e Desenvolvimento do CIEAM.
Atualmente, a ZFM abriga mais de 600 indústrias de alta tecnologia, que empregam 572.990 trabalhadores, sendo cerca de 130 mil diretamente no PIM, índice que bateu recorde em setembro deste ano.
Desafios para o Brasil
Segundo Pesquisa de Inovação do IBGE de 2024, apenas 64,6% das indústrias brasileiras com mais de 100 funcionários inovaram em produto ou processo nos últimos dois anos. O investimento em P&D atingiu R$ 38,3 bilhões, dos quais R$ 33 bilhões vieram da indústria de transformação. Ainda assim, o país continua abaixo do potencial.
No WIPO Global Innovation Index 2025, o Brasil ocupa a 52ª posição entre 139 países, um resultado que evidencia avanços, mas também a necessidade de acelerar a integração entre ciência, tecnologia e produção industrial.
Outro desafio é a escassez de profissionais qualificados. Um estudo da ManpowerGroup aponta que 75% das indústrias brasileiras enfrentam dificuldade para contratar talentos em inovação, automação, manufatura avançada e engenharia de dados, número próximo ao de economias maduras, mas mais crítico por aqui devido às disparidades regionais.
Dados da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) estimam que a adoção plena de tecnologias 4.0 pode elevar em até 22% a produtividade industrial brasileira nos próximos anos, além de reduzir custos energéticos e logísticos.
Inovação e tecnologia no centro da indústria
O I Fórum de Inovação na Indústria” discutirá, em profundidade, os principais eixos da digitalização industrial na Amazônia, com foco em aplicações práticas, casos de sucesso e caminhos possíveis para ampliar a competitividade regional.
“A inovação deixou de ser opcional. Hoje, ela é fator crítico para garantir a relevância da indústria brasileira e da Zona Franca de Manaus em um mercado global altamente competitivo. Nosso objetivo é apresentar soluções concretas, conectadas à realidade amazônica, para que a transformação digital avance dentro das fábricas”, reforça Mariana Barrella.
O evento também mostrará que inovar na Amazônia é possível e estratégico, especialmente quando conectado às especificidades da região, biodiversidade, bioeconomia, logística, sustentabilidade, economia circular e integração entre academia e indústria. A programação inclui painéis sobre:
- Cultura de Inovação e Transformação Digital nas Indústrias da Amazônia
- Desafios e Oportunidades para a Indústria 4.0 na Região Norte
- Casos de Sucesso: Empresas Amazonenses que Estão Inovando
O Fórum contará com participações de Nelson Azevedo, vice-presidente da FIEAM; Rafael Lobo, diretor de operações do SENAI; Artur Lisboa, coordenador-geral de comércio exterior e assuntos Internacionais da Suframa; Carlos Alves, gerente sênior de manufatura e engenharia na Visteon Amazônia; Felipe Silva, inspetor de qualidade na BIC Amazonas; Edson Farias de Oliveira, gerente de PD&I da Digiboard; Gabriel Marambaia, diretor de Produção da Recofarma, Armando Valle, diretor de negócios da FPFtech; Augusto César Barreto Rocha, coordenador da comissão CIEAM de logística; Sandro Breval Santiago, Professor Adjunto e especialista em Índice de Maturidade da Indústria 4.0; Raphael Machado, chefe da divisão de metrologia em tecnologia da informação e comunicações do INMETRO e Gianna Sagazio, CEO da SOSA BRASIL.
A agenda foi estruturada para incentivar integração entre empresas, institutos de pesquisa e universidades, promovendo redes de inovação e projetos conjuntos focados nas necessidades reais do polo industrial.
SERVIÇO
I Fórum de Inovação: Inovação na Indústria
Data: 18/11 (terça-feira)
Horário: 13h00 às 18h00 (Horário de Manaus)
Local: Auditório do SENAI – Av. General Rodrigo Otávio, nº 2394 – Manaus (AM)
Sobre o CIEAM
O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) é uma entidade empresarial com personalidade jurídica, ligada ao setor industrial, que tem por objetivo atuar de maneira técnica e política em defesa de seus associados e dos princípios da economia baseada na Zona Franca de Manaus (ZFM). Implementada pelo governo federal em 1967, com o objetivo de viabilizar uma base econômica no Amazonas e promover melhor integração produtiva e social entre todas as regiões do Brasil, a Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento regional bem-sucedido que devolve aos cofres públicos mais da metade da riqueza que produz. Atualmente, são 600 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). O estado do Amazonas tem 546 mil empregos, dos quais 130 mil são diretos do PIM e garantem a preservação de 97% da cobertura florestal do Amazonas. Encerrou 2024 com um faturamento de R$ 204 bilhões.
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