Planos de saúde caros aumentam busca por alternativas mais acessíveis no Brasil
Com reajustes acima da inflação, famílias repensam o custo do convênio e impulsionam novos modelos de atendimento médico
Os reajustes nos planos de saúde voltaram a pesar no bolso do brasileiro. Mesmo com uma leve queda na taxa de sinistralidade, índice que mostra o quanto as operadoras gastam em relação ao que arrecadam, o aumento das reservas para cobrir contas médicas futuras acende um alerta no mercado. A previsão é de que os custos hospitalares e laboratoriais continuem subindo nos próximos meses, o que deve se refletir em novos aumentos de mensalidade já em 2026.
Para o consumidor, o cenário não é novo. Nos últimos três anos, o reajuste médio dos planos individuais superou 15%, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O resultado é que cada vez mais famílias estão repensando o custo de manter o convênio. Hoje, três em cada quatro brasileiros vivem sem plano de saúde, dependendo do SUS ou de consultas particulares eventuais.
“O que estamos vendo é um descompasso crescente entre a renda das famílias e o custo do plano. O convênio deixou de ser um benefício e passou a ser um peso fixo no orçamento”, explica Rafael Teixeira, CEO da Clínica da Cidade, rede de medicina acessível com mais de 50 unidades no país.
Quando o convênio pesa, surgem novas formas de cuidar
Com o aumento dos preços, muitos brasileiros estão encontrando outros caminhos para se cuidar. Modelos mais flexíveis, como clínicas acessíveis, teleconsultas e programas de desconto, vêm ganhando espaço, principalmente entre quem trabalha por conta própria ou tem renda variável.
Essas soluções não substituem os planos de saúde, mas têm ajudado a reduzir o abismo entre quem pode e quem não pode pagar por um convênio. “Existe uma demanda reprimida por atendimento rápido e resolutivo. Muitas vezes, a pessoa não precisa de internação, mas sim de uma consulta de qualidade, com preço justo e previsibilidade”, explica Rafael.
Fundada há mais de 20 anos em Campinas (SP), a Clínica da Cidade foi uma das pioneiras em apostar nesse modelo. Sem mensalidade, a rede oferece consultas e exames com preços mais acessíveis, e neste ano lançou o Cartão Prevínia, um programa que garante descontos progressivos para quem realiza acompanhamentos de rotina. Exames laboratoriais, por exemplo, podem sair por R$ 7.
Segundo Rafael, o formato vem atraindo tanto jovens que buscam praticidade quanto idosos que deixaram o convênio por causa dos reajustes. “Nosso papel é facilitar o acesso à saúde preventiva. Vemos cada vez mais pessoas optando por pagar quando precisam, em vez de manter um plano caro e pouco utilizado”, destaca.
O impacto da prevenção no sistema de saúde
A busca por alternativas mais acessíveis também tem um efeito positivo para o sistema como um todo. Ao estimular o cuidado preventivo, essas clínicas ajudam a evitar o agravamento de doenças e a sobrecarga do SUS.
“Quando o acesso é fácil e o atendimento é rápido, as pessoas não esperam tanto para procurar ajuda. Isso faz diferença lá na frente, tanto para a saúde de cada um quanto para o equilíbrio do sistema”, conclui Teixeira.
Com o convênio cada vez mais fora do alcance da maioria, a saúde tem se transformado em uma escolha ativa e, aos poucos, o brasileiro vai descobrindo que se cuidar pode (e deve) caber no orçamento.
Sobre a Clínica da cidade:
A Clínica da Cidade, fundada em 2003, teve sua primeira unidade aberta em Campinas. O modelo de negócios, hoje consolidado por meio de unidades próprias e franquias, oferece o sistema de pagamento por consulta ou exame com o objetivo de ampliar a oferta de saúde e qualidade de vida para a população. Hoje, são mais de 50 unidades distribuídas por 10 estados do país
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