Consórcio rural cresce e estimula aquisição de máquinas no agronegócio
Cotas para máquinas agrícolas passou a representar 51% do total de consorciados de veículos pesados, superando caminhões, segundo a ABAC
O consórcio rural vem ganhando força como uma das principais alternativas de financiamento para produtores que desejam investir na modernização do campo sem recorrer ao crédito tradicional. A modalidade, que oferece menor custo e mais previsibilidade, tem atraído especialmente pequenos e médios agricultores interessados em ampliar a produção e renovar o maquinário.
Para Cléber Gomes, CEO e sócio-fundador da Maestria, empresa especializada em consórcios e produtos financeiros, o avanço do consórcio rural reflete uma mudança no perfil do produtor e na forma de planejar os investimentos no agronegócio:
“Essa alta se dá exatamente porque quem compra pelo banco, têm até 60 meses para pagar. No consórcio, o pagamento pode ser feito em até 180 meses, ou seja, 15 anos para pagar. É por isso que cada vez mais pessoas do campo têm buscado essa modalidade, ainda mais em um momento em que o crédito está caro e difícil de obter”, explica o especialista.
De acordo com dados divulgados em novembro pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o consórcio de máquinas agrícolas passou a representar 51% do total de consorciados de veículos pesados, ultrapassando caminhões (41%) e outros equipamentos (8%). Entre os consorciados contemplados, 91,6% adquiriram máquinas novas, sendo os tratores os mais procurados. O estudo mostra ainda que 67% dos participantes são pessoas físicas e 45% têm mais de 45 anos, o que evidencia a adesão crescente de produtores já consolidados no setor.
O levantamento aponta que o consórcio rural tem atraído principalmente pessoas físicas (67%). Cerca de 90% dos consorciados ativos estão no campo, atuando em propriedades de diferentes portes e cultivando, sobretudo, soja, milho e arroz. Nos primeiros oito meses do ano, o Centro-Oeste concentrou o maior volume de cotas de máquinas agrícolas vendidas, seguido por Sudeste e Sul.
“Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás são as regiões com a maior aquisição de máquinas e procura por cotas no consórcio. O produtor rural está cada vez mais consciente da importância do planejamento financeiro e da gestão do fluxo de caixa. Essa modalidade permite que ele programe a compra de um trator, colheitadeira ou implemento sem precisar se endividar com juros altos, o que garante mais previsibilidade e segurança para o negócio”, afirma o CEO de Maestria.
Com o setor agrícola cada vez mais dependente de tecnologia e eficiência, o consórcio rural desponta como uma alternativa sólida para financiar o crescimento de forma planejada e sustentável, conectando o campo à inovação financeira. O executivo ressalta que o modelo se destaca também como ferramenta de gestão de patrimônio.
“Muitos produtores têm usado o consórcio como uma forma de poupança programada, que, além de proteger o capital, viabiliza a expansão da produção com custos menores. É uma estratégia inteligente de modernização e sustentabilidade financeira no agronegócio”, completa Gomes.
Sobre a Maestria
Empresa especializada em consórcio e produtos financeiros no B2B há 11 anos, com mais de R$10 bilhões em vendas no mercado. A Maestria oferece um ecossistema de soluções, com um hub completo, incluindo consultoria estratégica, treinamentos, soluções financeiras, marketing e networking exclusivo. Para 2025, a meta da empresa é chegar em R$12 milhões de faturamento e atingir R$ 2 bilhões em vendas de consórcios.
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