Black Friday 2025 será o maior teste operacional para o varejo brasileiro

Com o varejo digital mais aquecido do que nunca, a Black Friday 2025 chega com projeção de R$ 13,6 bilhões em vendas durante a semana oficial do evento, segundo o estudo Black Friday 2025 – um crescimento de 16,5% em relação a 2024, que confirma a pressão crescente sobre a infraestrutura digital das empresas.

O avanço nas vendas reforça que eficiência, resiliência e segurança deixaram de ser metas pontuais e se tornaram parte essencial da competitividade em um varejo cada vez mais guiado por dados e desempenho, tanto online quanto nas lojas físicas.

O crescimento do e-commerce e o uso massivo de tecnologias de automação, IA e nuvem ampliaram a capacidade de resposta das empresas, mas também expuseram um novo tipo de vulnerabilidade: a dependência total da infraestrutura digital. Em minutos, milhões de transações concorrem pelos mesmos recursos, e qualquer instabilidade pode significar prejuízos milionários.

De acordo com o country manager da Adistec Brasil, José Roberto Rodrigues, o desafio está em combinar disponibilidade, escalabilidade e segurança em ambientes críticos. “Garantir disponibilidade, escalabilidade e segurança em ambientes críticos é fundamental para que as empresas aproveitem todo o potencial do período sem correr riscos de instabilidade ou vulnerabilidades.”

O comportamento dos usuários muda drasticamente durante o pico promocional, como destaca o executivo da Add Value, alertando os líderes do setor de que a IA precisa estar preparada para identificar padrões emergentes. “Em frações de segundo, comportamentos atípicos precisam ser bloqueados sem atrapalhar o cliente legítimo”, explica Thiago Marques.

Para Rafael Oneda, diretor de Tecnologia da Approach Tech, o ponto crítico é garantir resiliência total da operação. “Alta disponibilidade e resiliência de ponta a ponta precisam estar no centro da estratégia. Uma falha de minutos pode comprometer horas de vendas e a confiança do consumidor. Preparar o ambiente para suportar picos extremos, sem abrir mão da segurança, é o verdadeiro diferencial competitivo na Black Friday.”

Nos bastidores da operação, a energia elétrica ainda é o elo mais vulnerável da cadeia digital. “Milhões de vendas online na Black Friday acontecem em questão de minutos, e todas elas dependem de um fator muitas vezes invisível: a energia elétrica”, observa Jamil Mouallem, sócio-diretor comercial e de Marketing da TS Shara. “Investir em proteção elétrica é essencial para garantir a continuidade dos negócios e evitar que oportunidades se transformem em perdas.”

Para a xFusion, a confiabilidade do ambiente digital é determinante para manter operações estáveis e proteger dados sensíveis. “Além da escalabilidade, fatores como redundância energética, monitoramento contínuo e prevenção de falhas são fundamentais para evitar interrupções e perdas financeiras em eventos de alta demanda. Nesse contexto, reforçamos a importância de tratar a infraestrutura de TI como um pilar central para o crescimento do negócio, e não apenas como suporte operacional”, afirma Edson Takinaga, gerente de Produto da empresa no Brasil.

Para Raphael Saraiva, Innovation Technology Partner da Netbr by SEK, o desafio está em equilibrar conveniência e proteção, garantindo uma experiência de compra fluida e segura, com autenticação avançada e proteção da identidade em cada transação.

Mas a Black Friday também acontece fora das telas, e a segurança física segue no centro da experiência do consumidor. Para Márcio Bianchini, gerente de Canais da Motorola Solutions, a integração entre comunicação e vídeo é decisiva. “Mais do que proteger estoques, reduzir perdas é uma estratégia para proteger margens, engajar equipes e melhorar a experiência do cliente. Em um cenário de alta competitividade e pressão por eficiência, a convergência tecnológica se torna essencial para garantir resultados e construir um varejo mais inteligente e seguro.”

Em um cenário em que cada clique e cada segundo de disponibilidade impactam o faturamento, a Black Friday se consolida como o maior experimento prático da transformação digital no país, e como um retrato fiel de quais empresas estão, de fato, prontas para competir em uma economia conectada, resiliente e orientada por dados.