O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,09% em outubro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o sócio-diretor da MAG Investimentos, Claudio Pires, o impacto deste avanço surpreendeu o mercado de forma positiva. “O IPCA avançou 0,09% em outubro, levemente abaixo da nossa projeção (0,12%) e da mediana do mercado (0,15%). Desta forma, podemos afirmar que foi uma leitura que surpreendeu positivamente o mercado, explicada, prioritariamente, pela alimentação no domicílio mais baixa do que o previsto”, diz.

O especialista comenta que a desaceleração em relação à alta de 0,48% de setembro é explicada pelo fim dos impactos do bônus de Itaipu sobre a energia elétrica, o que levou o grupo habitação a sair de uma alta de 2,97% para uma deflação de 0,30%, sendo que a mudança da bandeira de energia de vermelha 2 para vermelha 1 também foi fator contribuinte para a queda. “Em contrapartida, a inflação de serviços mostrou aceleração, passando de 0,13% para 0,41%, em resposta à inflação de serviços subjacentes, que passou de alta de 0,03% para avanço 0,33%, nas nossas contas”, explica o sócio-diretor da MAG Investimentos.

Ao fazer projeção para os últimos meses de 2025, ele indica os setores que devem acelerar a inflação. “Em 12 meses, o IPCA desacelerou de 5,17% para 4,68%. Para o restante do ano, a sazonalidade mais adversa nos alimentos e nos serviços relacionados a lazer e beleza devem levar a um movimento de aceleração na inflação de novembro e de dezembro. Com isso, nossa estimativa é que o IPCA deverá fechar 2025 com alta entre 4,5% e 4,6%. Caso fique em 4,5% ficará dentro do intervalo das Metas de Inflação do Banco Central”, conclui Claudio Pires.