Balança comercial de outubro de 2025 ^(Destaque)

O expressivo resultado foi impulsionado pela queda de 0,8% no valor das importações e pelo aumento de 9,1% nas exportações, em relação ao mesmo mês de 2024. Os setores que mais contribuíram para o crescimento das exportações foram a agropecuária e a indústria extrativa, com altas de 21% e 22%, respectivamente.

No caso do setor agropecuário, o valor obtido com as vendas de soja avançou 42,7%, enquanto o café não torrado subiu 16%, mesmo com as restrições ao comércio com os Estados Unidos ainda em vigor. Na indústria extrativa, houve aumento de 29,5% nas exportações de minério de ferro e de 9% em óleos brutos.

Por outro lado, a indústria de transformação apresentou crescimento mais modesto, de 0,7%, com os principais produtos registrando queda em relação a outubro de 2024. A única exceção foi a carne bovina, que manteve o bom desempenho e registrou avanço de 40,9% no valor obtido com as vendas externas. As exportações do produto também foram impactadas pelo tarifaço.

No caso das importações, os únicos setores que cresceram na comparação anual foram os bens de consumo e os bens de capital, que avançaram 9,6% e 10,6%, respectivamente. Nesse período, o valor despendido com a compra de motores e máquinas cresceu 37,5%, enquanto que o de óleos combustíveis de petróleo subiu 8,1%.

De janeiro a outubro, as exportações cresceram 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, com a agropecuária liderando entre os setores, com alta de 3,6%. Também registrou avanço ante 2024 a indústria de transformação, que subiu 3,2%. Já a indústria extrativa apresentou queda de 2,9% na comparação anual. No mesmo período, as importações subiram 7,1%. No geral, a balança comercial teve saldo de US$ 52,39 bilhões, com queda de 16,6% no acumulado do ano.

Em relação aos Estados Unidos, a maioria dos produtos brasileiros importados pelo país é taxada em 50% na chegada. Com o tarifaço em vigor, o valor obtido com as exportações brasileiras para os EUA caiu 37,9% em outubro, totalizando US$ 2,22 bilhões. No acumulado desde janeiro, a retração já chega a 4,5%, e o déficit comercial com os norte-americanos soma US$ 6,84 bilhões.

Aparecido Rocha – insurance reviewer