A Black Friday 2025, marcada para 28 de novembro, deve movimentar R$ 13,3 bilhões no Brasil, segundo estimativa da ABIACOM. A projeção representa um crescimento de até 16% em relação ao ano passado.

Entretanto, o aumento das compras digitais também abre espaço para golpes, fraudes online e práticas abusivas que podem colocar o consumidor em risco — especialmente em promoções que parecem “boas demais para ser verdade”.

Para orientar quem pretende aproveitar os descontos sem cair em armadilhas, o especialista em crimes cibernéticos Rodrigo Fragola e a advogada especialista em Direito do Consumidor Carla Simas compartilham orientações fundamentais para compras mais seguras.

“Durante a Black Friday, os criminosos digitais se aproveitam da urgência, do impulso e da sensação de oportunidade única. É justamente esse comportamento acelerado que faz o consumidor baixar a guarda. Por isso, o ideal é nunca clicar em links enviados por terceiros e sempre digitar manualmente o endereço oficial da loja no navegador. Se a oferta estiver muito abaixo do preço praticado no mercado, isso é um sinal clássico de alerta”, afirma Fragola.

Carla reforça que a promoção não elimina garantias legais. “A Black Friday não suspende o Código de Defesa do Consumidor. Tudo o que é anunciado precisa ser cumprido. Por isso, o consumidor precisa conferir o CNPJ, pesquisar a reputação da marca e salvar prints das ofertas antes de concluir a compra. Além disso, comparar o histórico de preços dias antes evita cair nos falsos descontos maquiados que são muito comuns nessa época”, orienta.

Para os dois especialistas, as formas de pagamento também exigem cautela. “Prefira meios de pagamento mais seguros, como cartão virtual e carteiras digitais, e só realize o pix gerado dentro do site oficial, jamais enviado por link externo. Quanto mais informação e calma o consumidor tiver, menor o risco de cair em golpes”, conclui Carla.