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Seguro viagem em destaque: caso de brasileira repatriada dos EUA reacende debate sobre regresso sanitário e cobertura internacional

Situação da brasileira reforça importância de seguros completos em viagens longas ou moradia no exterior.

A história de Fabíola da Costa, brasileira de 32 anos que sofreu um mal súbito nos Estados Unidos e precisou ser trazida ao Brasil em estado vegetativo, acendeu um alerta sobre os limites da proteção médica fora do país. O caso, revelado em reportagem do G1, mostra que, em emergências graves, a diferença entre o seguro viagem e o plano de saúde internacional pode determinar o desfecho da história — e que a falta de cobertura adequada transforma um imprevisto em uma jornada de altos custos, incertezas e desgaste emocional.

Entenda o caso:

Em setembro de 2024, Fabíola sofreu um mal súbito em casa, em Orlando, e teve três paradas cardíacas, resultando em uma lesão cerebral grave. Sem diagnóstico conclusivo e diante das limitações do sistema de saúde americano, ela ficou sete meses internada com cobertura parcial do plano, até receber alta hospitalar em abril de 2025. Segundo reportagem do G1 publicada em 16 de outubro, o transporte aéreo era inviável — uma UTI aérea entre Orlando e o Brasil custaria até US$ 150 mil (mais de R$ 800 mil), valor fora do alcance da família e não coberto pelo plano de saúde.

Desde então, o marido, Ubiratan Rodrigues, passou a cuidar integralmente dela em casa, com suporte básico e doações. Quando os custos superaram R$ 500 mil, e sem acesso a uma cobertura completa de regresso sanitário, ele decidiu tentar uma solução extrema: percorrer mais de 6.800 km entre os EUA e o Brasil, cruzando 11 países em um motorhome adaptado, para trazê-la de volta em segurança. A repercussão, porém, mobilizou amigos e doadores, que financiaram a repatriação médica.

O Dr. Eduardo Zincone, Diretor Médico e de Operações da Hero Seguros, explica que o regresso sanitário é uma das coberturas mais complexas do setor, exigindo coordenação internacional e decisões clínicas criteriosas. “Essa cobertura envolve questões de custo, logística, e às vezes é necessário até mesmo internacionalização de aeroporto. Por exemplo: A pista de Rio Preto, o aeroporto de Rio Preto não é internacional. Então não tem estrutura de alfândega, não tem estrutura de imigração. Para eu conseguir pousar uma aeronave argentina lá em Rio Preto, esse aeroporto passa por um processo de internacionalização, que é uma permissão específica para que uma aeronave não brasileira pouse em um aeroporto estreitamente nacional.”

Segundo ele, no caso dessa brasileira, uma ambulância aérea de Orlando (EUA) para o Brasil custaria em torno de R$ 150 mil, sendo preciso ainda usar equipamentos muito caros, o que torna o processo oneroso, com a utilização de diversos equipamentos e profissionais capacitados. Como havia uma sequela grave provocada pelas paradas cardíacas que apresentou, ela não consegue proteger a via aérea e precisa ser aspirada. Há ainda procedimentos que precisa fazer algumas vezes por dia, para conseguir se manter viva. “O coração continua batendo, então precisaria também de um acompanhamento de cuidado intenso, que é o que o marido tinha se proposto a fazer por via terrestre ou de uma UTI aérea. Por isso, haveria um custo extremamente elevado além de toda essa logística”, explicou o executivo.

Ele acrescentou ainda que quando é necessário um transporte mais complexo fica clara a importância do seguro, não apenas no que se refere à parte financeira, mas também para conseguir organizar toda essa logística, “que é muito pesada para um familiar”.

Zincone acentuou que a Hero já teve que usar o mecanismo de internacionalização de pista algumas vezes, além de contar com toda uma estrutura adequada para essas situações com o apoio de parceiros que realizam esse transporte tanto por via terrestre quanto por via aérea. “Isso em várias partes do mundo. Somos parceiros também na Europa e também nos Estados Unidos, o que nos possibilita conseguir orçar isso com diversos parceiros, e trazer a melhor solução para o cliente e que possibilite o máximo disso caber dentro da importância segurada para aquele determinado seguro vendido”, ressaltou.

O diretor da Hero salientou também que no universo do seguro viagem a cobertura de regresso sanitário é muito importante, e precisa incluir valores adequados para aquele lugar onde o cliente vai estar. Por “Se o cliente vai estar no interior da Suécia ele vai precisar de pelo dois a três voos às vezes até com colocação de uma maca para chegar no aeroporto internacional e depois conseguir voltar pro Brasil”, exemplificou.

Assim, se a cobertura de regresso sanitário não for a indicada, com valores menores, com certeza haverá excedente para a família. “Um transporte aéreo em maca exige a compra de nove poltronas para que a maca possa ser acomodada. Então, é uma cobertura muito importante que a maior parte das pessoas acaba não dando devida importância na hora de adquirir o seguro. E não é todo o seguro que tem a cobertura de regresso sanitário inclusa”, alertou.

Segundo ele, o quadro é diferente com relação aos IPMIs (Internacional private medical insurance), os planos de saúde internacionais. Neste caso, a grande maioria não tem essa cobertura de regresso sanitário. “Isso precisa ser analisado pelo Corretor e pelo cliente para que se possa entender a importância dessa cobertura para o segurado, dentro do seu seguro viagem ou dentro do seu IPMI”, recomendou.

O executivo acentuou ainda que cabe ao Corretor fazer essa sugestão ao segurado, a partir da análise das necessidades do perfil de cada cliente. “Então vamos supor que é um cliente que está fazendo um intercâmbio. Se ele quebrar uma perna terá que se tratar lá, porque precisa continuar o intercâmbio ou é uma viagem a trabalho, e o cliente precisa continuar trabalhando. O regresso nesses casos não é a principal cobertura e sim o DMH para qualquer eventualidade, ele vai acabar operando lá”, sublinhou.

Já para um cliente que viajou a turismo e quebrou a perna, o período de recuperação pode ser mais prolongado, sendo muito mais interessante optar pelo regresso sanitário, para que a cirurgia seja feita no seu domicílio de origem, com uma recuperação mais prolongada e todo o suporte familiar.

Conclusão do caso:

Em 21 de outubro, uma segunda reportagem do G1 confirmou o desfecho: Fabíola chegou a Juiz de Fora (MG) em aeronave médica, foi internada no Hospital Ana Nery e segue em tratamento pelo SUS.


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