Sete dicas para evitar erros comuns na migração para a nuvem
- Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por Mariana Seman
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A computação em nuvem deixou de ser tendência e se tornou um imperativo estratégico para empresas de todos os setores. Consultorias prometem redução de custos de até 30%, escalabilidade quase infinita e ganhos de agilidade sem precedentes. Animados, executivos aprovam orçamentos milionários e iniciam migrações massivas.
Mas a realidade é menos glamourosa: entre 50% e 60% dos projetos de migração para cloud falham em atingir seus objetivos iniciais, segundo diferentes levantamentos. O paradoxo é que a tecnologia está madura: provedores como AWS, Azure e Google Cloud oferecem infraestrutura robusta, com uptime acima de 99,9%. O problema não está na nuvem, mas sim nas decisões estratégicas, no planejamento e na execução das organizações.
William de Paiva Bella, especialista na área de tecnologia, listou 7 erros mais comuns nas migrações para nuvem. Confira:
“Lift and shift” sem otimização
Migrar aplicações antigas para a nuvem sem adaptá-las ao novo ambiente é um erro clássico. Ao apenas “transportar” sistemas legados, empresas mantêm arquiteturas monolíticas ineficientes, gerando custos até maiores que os de servidores físicos. A chave está em refatorar aplicações, adotar microserviços e explorar recursos nativos de escalabilidade e automação.
Subestimação de custos
Apesar da transparência dos provedores, muitos projetos ignoram custos escondidos como transferência de dados, monitoramento, backup, compliance e principalmente mão de obra especializada. O primeiro ano na nuvem, em muitos casos, acaba mais caro que o último ano on-premise. O planejamento deve incluir modelagem detalhada de custos e práticas de FinOps desde o início.
Falhas em governança e segurança
A responsabilidade pela segurança é compartilhada entre provedores e clientes. Sem políticas adequadas de identidade, auditoria e proteção de dados, a nuvem pode se tornar vulnerável. O correto é estabelecer um framework de governança antes da migração, com políticas claras de acesso, auditorias recorrentes e infraestrutura como código para padronizar ambientes.
Lacunas de competências e resistência interna
Migrar para a nuvem exige novas habilidades – de containerização a serverless, passando por DevOps e automação. Equipes despreparadas dependem demais de consultores externos, sem absorver conhecimento. Empresas de sucesso apostam em treinamento sistemático, contratação estratégica de especialistas e criação de centros internos de excelência.
Escolha inadequada de provedor ou arquitetura
Cada provedor tem pontos fortes distintos: AWS pela amplitude de serviços, Azure pela integração com o ecossistema Microsoft, Google Cloud em machine learning e analytics. Decisões baseadas apenas em preço ou relacionamento comercial tendem a gerar problemas técnicos e regulatórios. A escolha deve se apoiar em análises técnicas, regulatórias e de performance real.
Estratégias frágeis de migração de dados
Os dados são o ativo mais complexo de mover. Problemas como inconsistência, duplicidade e incompatibilidade de formatos atrasam projetos e comprometem resultados. A solução envolve auditorias prévias, processos de ETL robustos, validação pós-migração e planos de rollback.
Ausência de monitoramento e observabilidade
Ambientes em nuvem são dinâmicos. Sem ferramentas adequadas de métricas, logs e distributed tracing, as empresas operam às cegas. O monitoramento precisa ser pensado desde o primeiro dia, com indicadores alinhados a objetivos de negócio e alertas inteligentes.
O especialista na área de tecnologia, com experiência em grandes projetos de nuvem, destaca algumas práticas que diferenciam fracasso de sucesso:
- Assessment detalhado: mapear aplicações, dependências, dados e requisitos de compliance antes da migração.
- Migração em ondas (waves): começar por workloads menos críticos, aprendendo antes de migrar sistemas centrais.
- Design cloud-native: refatorar aplicações para explorar elasticidade, serviços gerenciados e resiliência.
- Governança antecipada: políticas de segurança, compliance e gestão de custos estabelecidas no início.
- Capacitação contínua: formar equipes com treinamentos, certificações e transferência de conhecimento.
- Otimização constante: tratar a nuvem como um processo contínuo, não um projeto com fim definido.
A nuvem oferece benefícios transformadores: escalabilidade, inovação e redução de custos operacionais. Porém, esses resultados não são automáticos. Eles exigem mudanças profundas na forma como empresas planejam, projetam e operam seus sistemas. “Migração bem-sucedida para a nuvem não é mover mais rápido, mas mover de forma mais inteligente. O sucesso vem de planejamento, capacitação e governança. Quem não entende isso acaba na estatística dos 60% que falham”, finaliza William de Paiva Bella.
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