Benefícios corporativos do futuro: o que realmente atrai talentos
Mais do que vale-alimentação ou plano de saúde, profissionais querem flexibilidade, pertencimento e propostas alinhadas aos seus valores; tecnologia pode ser a chave para personalizar a oferta de benefícios
Os pacotes de benefícios deixaram de ser um complemento do salário para se tornarem um dos principais fatores de atração e retenção de talentos. Com o avanço do trabalho híbrido, a mudança na percepção de carreira e a chegada de novas gerações ao mercado, o conceito de “bom benefício” passou a exigir flexibilidade, escuta ativa e conexão com os valores individuais. E nesse cenário, o papel do RH evolui: entender necessidades deixou de ser intuição e passou a ser análise de dados.
“O que antes servia para todos, hoje só faz sentido se servir para cada um. Os benefícios precisam falar com a vida real das pessoas — não com uma planilha genérica.”, afirma Tiago Santos, vice-presidente de Comunidade e Crescimento da Sesame HR, HR Tech especializada em gestão estratégica de pessoas.
Embora a Sesame não atue diretamente com a gestão de carteiras de benefícios, sua plataforma apoia decisões mais humanas ao integrar dados como clima organizacional, engajamento, feedbacks e jornada do colaborador. “Quando o RH analisa dados de verdade, começa a enxergar mais do que números — vê comportamentos, necessidades e pontos de ruptura antes que virem problema”, explica o executivo.
O futuro dos benefícios: dados, contexto e propósito
Para Tiago, os benefícios do futuro orbitam quatro grandes eixos: flexibilidade, bem-estar integral, personalização e propósito. Mas para colocar esses conceitos em prática, não basta ampliar a oferta — é preciso entender o que faz sentido para cada grupo de colaboradores, em cada momento da jornada.
Levantamentos da Willis Towers Watson mostram que 78% dos profissionais brasileiros valorizam empresas que oferecem benefícios flexíveis, enquanto 61% preferem aquelas que alinham seus pacotes à saúde emocional, qualidade de vida e inclusão. A tendência é clara: o modelo “um tamanho serve para todos” está com os dias contados.
“Hoje, uma pessoa pode precisar de apoio com educação infantil; amanhã, com capacitação técnica; no mês seguinte, com acolhimento emocional. O RH precisa enxergar esse dinamismo com base em dados e não em suposições”, reforça Tiago.
Nesse contexto, plataformas de RH estratégicas como a Sesame ajudam a capturar sinais importantes — seja pela variação no uso de recursos, pelos padrões de frequência e engajamento, ou pelas respostas em pesquisas de clima e check-ins individuais. Ainda que a decisão final sobre os benefícios pertença à empresa, esse mapeamento embasa políticas mais sensíveis e representativas.
Benefícios como espelho da cultura
Mais do que atender necessidades práticas, os benefícios dizem muito sobre a cultura da organização. Licença parental estendida, apoio à educação, acesso à terapia, benefícios inclusivos e alinhamento com questões de diversidade são cada vez mais valorizados pelos talentos do mercado.
Segundo um estudo do LinkedIn Talent Solutions, 70% dos profissionais consideram deixar uma vaga quando percebem que os benefícios oferecidos não refletem seus valores ou estilo de vida. Para o RH, isso significa que benefício também é branding — e pode ser um diferencial competitivo.
“A competitividade não está mais no valor do vale-refeição, mas na capacidade de entender quem são as pessoas que você quer manter por perto. O benefício deixou de ser moeda de troca e virou ferramenta de cultura. Ele sinaliza conexão, cuidado e pertencimento”, conclui Tiago.
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