Transformação digital em educação e seguros: impactos reais e oportunidades
*Por Alon Lubieniecki
A transformação digital deixou de ser tendência para se tornar um diferencial competitivo concreto em diversos segmentos. Entre tantos exemplos de sucesso e maturidade nas aplicações digitais, dois setores merecem destaque pelo avanço consistente e pelos resultados palpáveis que têm alcançado: educação e seguros.
No caso da educação, é inegável que a pandemia foi um divisor de águas. Em questão de meses, instituições de ensino precisaram se reinventar para continuar existindo. O desafio era enorme: manter as operações, garantir a continuidade do ensino e, ao mesmo tempo, adotar tecnologias que antes pareciam distantes do cotidiano acadêmico.
Nesse contexto, a digitalização deixou de ser uma solução emergencial e passou a ocupar papel estratégico no crescimento e na diferenciação das instituições. Surgiram plataformas de aprendizagem adaptativa, sistemas baseados em dados e ferramentas de inteligência artificial que transformaram a maneira como alunos aprendem e professores ensinam, criando um ecossistema híbrido, dinâmico e orientado pela experiência.
Hoje, já é possível medir os resultados dessa evolução. A educação digital se consolidou como centrada na experiência do aluno, com currículos personalizados, análises preditivas para prevenção da evasão, recomendações de conteúdo sob medida e até agentes virtuais de apoio ao estudante. Ou seja, o setor entrou em uma nova fase: a do impacto mensurável.
Se na educação o movimento foi impulsionado por necessidade, no setor de seguros o avanço veio acompanhado de uma verdadeira revolução cultural. Tradicionalmente visto como um mercado burocrático e lento, o segmento passou a apostar fortemente em tecnologias como inteligência artificial, visão computacional e análise preditiva. O resultado tem sido expressivo: redução de fraudes, aceleração na liquidação de sinistros e criação de produtos personalizados com base em dados comportamentais. Em outras palavras, o cliente passou a ocupar o centro das decisões.
Essas transformações vêm moldando um modelo de negócio mais ágil, acessível e centrado na confiança, valor essencial para um setor que depende de previsibilidade e credibilidade.
Interessante notar que tanto educação quanto seguros têm algo em comum: o impacto direto na vida das pessoas. Ambos lidam com aspectos profundamente humanos, o acesso ao conhecimento e a proteção. E é justamente por isso que a digitalização sem propósito se torna um risco, podendo gerar ruídos e desconexão.
É aqui que entra o conceito de maturidade digital, o entendimento de que tecnologia é meio, não fim. Plataformas, dados e IA devem ser usados como ferramentas para oferecer experiências mais humanas, seguras e personalizadas. Nenhum processo automatizado substitui o fator humano.
As empresas que se tornam verdadeiros cases de sucesso são aquelas que percebem que a inovação serve para liberar tempo e energia, para que as pessoas possam se dedicar ao que realmente importa: o atendimento consultivo, o relacionamento próximo e as decisões estratégicas.
Pense nisso.
*Alon Lubieniecki é CEO da Luby, consultoria de tecnologia que une talento humano e IA para desenvolver software personalizado
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>