Expansão acelerada: erros comuns e como a disciplina garante escalabilidade
Falta de estrutura e liderança torna a expansão arriscada. A ausência de base sólida pode transformar a escala em ameaça à sobrevivência do negócio
Segundo a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, do IBGE, seis em cada dez empresas brasileiras não sobrevivem após cinco anos de atividade. Para o empresário Thiago Oliveira, CEO da Saygo, esse dado confirma uma armadilha recorrente no ecossistema: a pressa em crescer sem processos, equipe ou maturidade de gestão.
“Escalabilidade não é só sobre aumentar receita. É sobre replicar um modelo que funcione em diferentes cenários, com qualidade e consistência. Empresas que crescem rápido, mas sem base sólida, acabam estourando no meio do caminho”, afirma Oliveira.
Entre os principais equívocos apontados pelo especialista estão contratações precipitadas, desorganização financeira, foco pulverizado em vários mercados ao mesmo tempo e ausência de processos replicáveis. “Receber investimento sem ter clareza de onde aplicar o recurso é receita para o fracasso. O capital só acelera o que já está validado”, ressalta.
Esse cenário aumenta o risco de falhas na execução, já que a ausência de dados atualizados e de governança compromete a tomada de decisão. “É como colocar combustível em um carro desregulado: pode andar por um tempo, mas vai quebrar”, compara Oliveira.
Para sustentar a escalabilidade, Oliveira recomenda quatro pilares fundamentais:
- Processos claros e replicáveis, que permitam padronizar entregas sem perda de qualidade.
- Governança financeira, com controle de caixa e uso de ferramentas de proteção cambial em negócios internacionais.
- Cultura de liderança estruturada, em que o dono assume papel estratégico e não apenas operacional.
- Dados acessíveis e decisões guiadas por indicadores, para evitar improvisos e antecipar gargalos.
O especialista defende ainda o uso de plataformas digitais e inteligência artificial como suporte à execução diária. “Mentorias e capacitações trazem boas ideias, mas sem método e rotina viram apenas anotações esquecidas. A escalabilidade só acontece quando a estratégia é aplicada continuamente no dia a dia da empresa. Nos próximos dez anos, a mortalidade precoce dos negócios no Brasil só deve cair se houver uma mudança cultural: menos improviso e mais método. Quem alinhar execução disciplinada com tecnologia terá condições reais de competir globalmente e sustentar operações de longo prazo”, conclui.
Sobre a Saygo
A Saygo é uma holding brasileira especializada em comércio exterior, formada pela unificação da Proseftur Assessoria em Comércio Exterior e da Zebra Corretora de Câmbio. Com mais de 23 anos de experiência, a empresa oferece soluções integradas para importadores e exportadores, abrangendo assessoria em operações internacionais, serviços cambiais e desenvolvimento de tecnologias para otimização de processos globais. Seu compromisso é auxiliar empresas a ingressarem e expandirem suas atividades no mercado internacional, proporcionando estratégias inovadoras e suporte especializado.
Sobre Thiago Oliveira
Thiago iniciou sua trajetória empreendedora há mais de 20 anos. Com um Monza e dinheiro emprestado, fundou seu primeiro negócio em logística, que anos depois seria vendido por milhões de dólares. Tornou-se sócio da maior aceleradora de startups da América Latina, a ACE, e do maior Venture Capital da região, a Bossanova Investimentos.
Ao identificar os desafios enfrentados por importadores e exportadores no fechamento de câmbio, fundou a corretora de câmbio do grupo, inicialmente chamada Zebra e agora Saygo Câmbio, transformando o setor. Além de empreendedor, é mentor e conselheiro de diversas empresas e cofundador da Oliveira Foundation, ONG que já impactou mais de 100 mil crianças em países de língua portuguesa. Seu foco está em soluções cambiais, desenvolvimento tecnológico e estratégias para expansão internacional de empresas.
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