Alper destaca seguro agrícola como investimento estratégico em meio a falências no campo

O agronegócio brasileiro atravessa um de seus períodos mais desafiadores, com um aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial e dificuldades crescentes entre pequenos e médios produtores. O cenário, impulsionado por juros elevados, margens de lucro reduzidas e perdas associadas a eventos climáticos severos, revela a vulnerabilidade estrutural de um setor que, por anos, se apoiou em condições mais favoráveis.

Para a Alper Seguros, uma das maiores corretoras de seguros do país e com forte atuação no segmento agro, a saída passa por uma mudança de perspectiva: compreender o seguro agrícola não como despesa, mas como um investimento essencial para a sustentabilidade e continuidade do negócio.

Segundo especialistas, a fragilidade atual resulta de uma “tempestade perfeita”. A sequência de boas safras nos últimos anos levou muitos produtores a relaxarem na gestão de riscos, ampliando operações sem um pacote completo de proteção. “Muitos negócios foram feitos sem considerar os riscos inerentes ao setor. Quando os pilares de crédito, preço e clima balançam, o mercado sente. E quando os três balançam ao mesmo tempo, a crise é inevitável”, afirma André Lins, vice-presidente de Agro da Alper Seguros. “O seguro precisa ser visto dentro do projeto da lavoura como algo indissociável, assim como o investimento na análise de solo e nos insumos.”

A Alper acompanha de perto os impactos dessa conjuntura. De acordo com a corretora, mesmo diante do aumento no número de eventos climáticos, houve uma leve redução na busca por seguros voltados à cobertura de perdas de produtividade. Esse movimento é explicado pelo encarecimento das apólices em algumas regiões, pela pressão sobre as margens do produtor e pela diminuição dos recursos do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), instrumento que, apesar das limitações, continua sendo fundamental para apoiar o setor. Ainda assim, o faturamento total das apólices agrícolas cresceu 8,3%, evidenciando a relevância da proteção como estratégia de continuidade.

No primeiro semestre de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, a Alper registrou um aumento de 50% na sinistralidade entre clientes da região Sul, reflexo direto da intensificação dos eventos climáticos extremos, especialmente as enchentes que causaram prejuízos significativos.

Para os produtores, a crise vai além do impacto financeiro: trata-se também de uma questão pessoal e familiar. O aumento de 84% nos pedidos de recuperação judicial por produtores pessoa física ilustra a gravidade do momento. Para André Lins, o seguro tem papel decisivo nesse contexto. “Quando o produtor tem a proteção certa, ele não perde todo o investimento de uma única safra. Ele consegue se reerguer e planejar o próximo ano. O seguro gera previsibilidade de receita, o que não só protege a família, mas também estabiliza o risco do crédito e simplifica o processo de garantia para financiamentos, podendo inclusive reduzir o custo dos juros.”

O executivo reforça a importância do planejamento estratégico antes do início do plantio. “Para o produtor que ainda não tem seguro, ou que tem uma apólice básica, a nossa recomendação é clara: procure um especialista antes de iniciar seu plantio. É preciso mapear os riscos, entender os custos e o seu perfil para buscar soluções de proteção adequadas.”

Lins encerra com um alerta que sintetiza o momento do campo. “O montante investido é alto demais para ficar totalmente exposto à sorte. Hoje, mais do que nunca, confiar na sorte não é uma opção.”

Para mais informações sobre o seguro agrícola e seus benefícios, acesse www.alperseguros.com.br.